Descrição: Esta pesquisa pensa a educação como processo de produção de subjetividade, buscando, em tal processo, as linhas de fuga da axiomática capitalista. Investiga processos de criação de outras possibilidades de vida, outros modos de existência, a emergência do novo, do que difere, varia. Investiga, na formação, o que foge dos moldes, dos modelos, das formas preestabelecidas. Para tal, agencia o encontro com diversos intercessores: Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault, Jorge Larrosa, entre outros autores, e algumas produções/proposições artísticas. Pensando a pesquisa, a educação, a formação conjugando verbos como criar, singularizar, diferir, experimentar, inventar? Pensando a formação docente como um devir plural e criativo, que se dá no encontro entre corpos. Devires que atravessam processos de-formativos singulares e singularizantes.
2. Perambulações entre corpos e devires em cartografias de-formativas (fase II)
Descrição: Continuidade do projeto anterior – envolvendo maior ressonância com a cidade – esta pesquisa insere-se no debate contemporâneo em educação, pensando-a como produção de subjetividade. Busca, nesse processo de produção, o que escapa, mesmo que temporariamente – ao poder, à homogeneização, à axiomática capitalista. Investiga processos de criação de outras possibilidades de vida, outros modos de existência. Busca-se pensar tais processos no campo da Educação, mas valendo-se de contribuições da filosofia (da diferença) e das artes. Se, na perspectiva dos autores estudados, a filosofia está relacionada com formas de vida, podemos perguntar que forma (s) de vida é (são) produzida (s) a partir de cada experiência filosófica singular? (KOHAN, 2007) E podemos perguntar, ainda, a respeito das relações entre formas de vida e modos de pensar e praticar a educação. Quais formas de vida e de pensamento potencializariam a educação? Quais educações potencializariam a vida, tomada também como matéria ética? Se a educação envolve a produção da subjetividade, como criar condições de possibilidades para a invenção de novos territórios existenciais? Esta pesquisa visa pensar e produzir tais processos de emergência do novo, do que difere, varia, faz variar na Educação. Para tal, agencia o encontro com diversos intercessores: Gilles Deleuze, Félix Guattari, Jorge Larrosa, entre outros autores, e algumas produções/proposições artísticas, entre elas o filme ?Les plages d?Agnès?, da diretora Agnès Varda. Mais do que definir conceitos e noções, buscar operar com eles na Educação, cartografando marcas dos encontros com esses intercessores. Pensando a pesquisa, a educação, a formação conjugando verbos como criar, singularizar, diferir, experimentar, inventar? Pensando a formação como um devir plural e criativo, sem forma preestabelecida. Pensando em devires que atravessam processos de-formativos singulares e singularizantes. O foco principal envolve explorar aberturas produzidas nos encontros, nas conexões articuladas por nós, para pensarmos a criação e a invenção nos processos educacionais, buscando escapar aos modelos prêt-à-porter e prêt-à-penser.
Descrição: Esta pesquisa experimentará produzir variações em torno da singularização. Singularização como processo produtivo de singularidades. Lógica das intensidades, eco-lógica, cuja maneira de operar está próxima daquela do artista. Singularização como um processo radical de formação, produzido nas experimentações vitais. Invenção de um modo de existência que escapa às formas dominantes de subjetivação do Capitalismo Mundial Integrado, aos prêt-à-porter e prêt-à-penser. Buscaremos cartografar as marcas dos encontros com artistas diversos. Depoimentos, narrativas de seus processos criativos – processos singulares de invenção de si. Pensando os processos educativos e de formação como processos de produção de subjetividades, esta pesquisa investiga, na formação, o que foge dos moldes, dos modelos, das formas preestabelecidas. Evidencia o papel da invenção na construção da subjetividade. Para isso, analisa experiências singulares e singularizantes de formação, marcadas pela invenção de um estilo de vida, um modo de existência (DELEUZE, 1994). A noção de singularização (Guattari, 1996; 2001) é uma referência central. Analisaremos também as relações entre os conceitos de singularização e ecosofia, para Guattari, assim como as relações entre corpo, experimentação, arte, educação, na perspectiva da singularização. Os depoimentos produzidos serão matéria fértil para pensarmos as relações entre corpo, subjetividade, arte, experimentação, ecosofia e educação. Como um desdobramento desta pesquisa, a partir de 2012 cartografamos processos formativos ? em suas dimensões ética, estética e política -, envolvendo professores/as, estudantes e outros/as implicados/as, seja em escolas (educação básica), universidades, ou outros espaços sociais educativos. Os depoimentos produzidos serão matéria fértil para pensarmos as relações entre corpo, subjetividade, arte, experimentação, ecosofia e educação.