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Disciplina de Métodos Estatísticos está com inscrições abertas para pós-graduandos de toda a UFPR

Disciplina de Métodos Estatísticos está com inscrições abertas para pós-graduandos de toda a UFPR

Os estudantes de pós-graduação da UFPR que desejam utilizar conceitos de estatística em suas pesquisa podem cursar a disciplina transversal de Métodos Estatísticos, ofertada pelo Departamento de Estatística. As inscrições encerram nesta sexta-feira (16/3) e podem ser realizadas por qualquer pós-graduando de todos os campi da UFPR, nas modalidades presencial e remota.

O programa da disciplina foi elaborado para melhorar a interdisciplinaridade, além de melhorar o entendimento dos pós-graduandos a respeito de ferramentas de análise estatística. O estudante vai aprender, por exemplo, a fazer avaliação de chances e riscos, sumarização de dados e modelagem de estruturas que podem explicar o comportamento de observações e estimar estados de sistemas.

As aulas serão ministradas pelo professor Paulo Justiniano Ribeiro Júnior, do Departamento de Estatística, coordenador do Laboratório de Estatística e Geoinformação. O curso contará ainda com participação de outros docentes e convidados. Veja entrevista com o professor Paulo conduzida pela UFPR TV.

Inscrição

Para se inscrever, os alunos devem acessar o Sistema de Gestão Acadêmica (Siga) e selecionar Métodos Estatísticos na lista de disciplinas disponíveis. São ofertadas 200 vagas na modalidade presencial, no Campus Jardim Botânico, e 200 vagas na modalidade remota.

Inscrições: de 7 a 16 de março

Homologação das inscrições: 19 de março

Início das aulas: 21 de março

Duração: 21 de março até 11 de julho

Local: Auditório Professor Ulysses de Campos, Setor de Ciências Sociais aplicadas, Campus Botânico.

 

Professor Guy Pujolle (FR) dá palestra sobre o futuro da segurança em redes

Professor Guy Pujolle (FR) dá palestra sobre o futuro da segurança em redes

O Programa de Pós-graduação em Informática convida para a palestra “The Future of Network Security: Big Data, Blockchain, 5G and Beyond” com o professor Guy Pujolle, da Universidade de Sorbonne (França). O evento acontece nesta segunda-feira (12/3), no auditório principal do Departamento de Informática. A entrada é gratuita e a palestra será ministrada em inglês.

Este seminário vai examinar novas soluções para a segurança de redes de dados, que serão implementadas a curto e longo prazo. Pujolle vai apresentar soluções baseadas em secure elements, Cloud of security, blockchain, new generation firewall, big data, machine learning e outros. A palestra vai abordar como implementar estas soluções nas quatro maiores arquiteturas de rede para os anos 2020, que vão integrar 5G, slicing, orchestrators e controllers.

O professor Guy Pujolle

Professor Guy Pujolle, Universidade de Sorbonne (França). Foto: Kitman / Flickr / Creative Commons

Guy Pujolle é professor no Departamento de Ciência da Computação na Universidade de Sorbonne (FR). O professor recebeu vários prêmios por seu trabalho e publicações, com destaque para o Grand Prix of French Academy Sciences, em 2013. É membro da Royal Academy of Lund (Suécia) e de vários conselhos consultivos científicos ao redor do mundo.

O professor Pujolle foi pineiro em redes de alta velocidade, liderando o desenvolvimento da primeira rede Gbps, testada nos anos 1980. Entre os “primeiros passos” dados em diferentes tecnologias, ele conquistou o primeiro protótipo pre-ATM em 1981, o primeiro protótipo de um sistema de pilotagem em rede em 1996, primeiras patentes e protótipos em DPI (Deep Packet Inspection) em 2000, primeiro protótipo de um controlador Wi-Fi em 2000, primeiras patentes em visualização em rede (migração e abertura de redes virtuais em vôo) em 2008. Ele também possui patentes em redes metamórficas, comunicações “verdes” e segurança na Internet das Coisas.

É um empreendedor e co-fundador de QoSMOSUcopia CommunicationsEtherTrust e Green Communications.

Serviço – Palestra The Future of Network Security: Big Data, Blockchain, 5G and Beyond

Local: auditório principal do Departamento de Informática da UFPR.

Endereço: Rua Cel. Francisco Heráclito dos Santos, 100, Centro Politécnico da UFPR.

Segunda-feira, 12/3, às 14h.

Gratuito, em inglês.

Projeto de Realidade Virtual apresenta resultados parciais na Copel

Projeto de Realidade Virtual apresenta resultados parciais na Copel

Funcionários da Copel puderam navegar pelo ambiente virtual. Foto: Samira Chami Neves / Sucom

Os funcionários da Copel (Companhia Paranaense de Energia) puderam experimentar o ambiente virtual de uma subestação de energia elétrica, que futuramente será usado para treinamento de técnicos, nesta quinta-feira (8). Trata-se de apresentação de resultado parcial do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) intitulado “Tecnologia de Realidade Virtual, Interação Tangível, Computação Pervasiva e Modelos de Simulação aplicados ao treinamento de manutenção de Redes de Transmissão em Linha Viva”.

O projeto, pioneiro no Brasil, é realizado desde 2015 em parceria da UFPR com a Copel, os Institutos Lactec e UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). No total, são 35 participantes, sendo 10 estudantes da UFPR de diferentes cursos de graduação e pós-graduação – Ciência da Computação, Engenharia Elétrica, Expressão Gráfica e Métodos Numéricos em Engenharia.

“O desenvolvimento do ambiente 3D, aliado aos equipamentos adquiridos e a aplicação de técnicas de Inteligência Artificial para validação e avaliação dos treinamentos, são muito importantes para nossas áreas de pesquisa que temos com os alunos”, afirmou o professor Paulo Henrique Siqueira, do Departamento de Expressão Gráfica, coordenador do projeto na UFPR.

Para a realização da pesquisa, o projeto recebeu um total de R$ 5 milhões da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a serem utilizados ao longo de quatro anos. O orçamento foi utilizado para financiar bolsas dos pesquisadores, compra de equipamentos e visitas às subestações da Copel. No evento, foram apresentados os equipamentos de realidade virtual (óculos Rift, HTC Vive) adquiridos no projeto e os ambientes modelados em 3D com o software Unreal, que simulam subestações de energia elétrica da Copel.

“O projeto tem grande relevância na área de segurança, pois será utilizado como treinamento preliminar dos funcionários em tarefas complexas na manutenção de rede elétrica”, disse Siqueira.

Execução do projeto

O projeto, altamente tecnológico, tem uma grande demanda por leituras, pesquisas e discussões entre os pesquisadores. “O projeto envolve discussão sobre serious games (“jogos sérios”) e teorias de aprendizado, escolha das tecnologias e visitas às subestações para conhecer os métodos tradicionais de treinamento. Assim podemos adaptá-los para o ambiente virtual”, pontuou o professor Sérgio Scheer, do Centro de Estudos de Engenharia Civil.

No momento, é possível navegar pelo ambiente virtual e interagir com alguns objetos. Futuramente, serão adicionadas tarefas a serem executadas e o programa será usado no treinamento de técnicos de manutenção de linha viva.

“O modelo de treinamento tradicional é feito com a subestação energizada, o que tem um risco para os técnicos. Já o treinamento com ambiente virtual vai ser mais seguro”, explicou Rafael Terplak Beê, gerente do projeto na Copel. “No Paraná, são 2.500 quilômetros de linhas que precisam de manutenção e as equipes que fazem isso serão beneficiadas.”

Já o professor Klaus de Geus, engenheiro eletricista e colaborador do PPG em Métodos Numéricos em Engenharia, apontou para o estudo científico de aprendizado que existe por trás do projeto. “É preciso aliar o ambiente de realidade virtual com as teorias de aprendizado. Como nós aprendemos? Como a mente humana funciona? Só assim o treinamento será efetivo”, disse.

Veja mais fotos no Flickr da UFPR

Por Giulia El Halabi Lavalle

Poti abre inscrições para estudantes do ensino básico interessados em competições de matemática

Poti abre inscrições para estudantes do ensino básico interessados em competições de matemática

Estudante Giovani Assis participou do Poti em 2017 e conquistou medalha de ouro na Olimpíada Paranaense de Matemática. Foto: Leonardo Bettinelli / Sucom

Os estudantes de ensino fundamental e médio interessados em melhorar seu desempenho nas olimpíadas de matemática já podem se inscrever no Poti (Polo Olímpico de Treinamento Intensivo). As inscrições vão até o dia 18 março e as aulas iniciam no dia 7 de abril.

Criados em 2010 pela Sociedade Brasileira de Matemática, os Polos de Treinamento têm como objetivo preparar alunos que venham a participar de olimpíadas de matemática nacionais. O Polo da UFPR está localizado junto ao Departamento de Matemática, no Centro Politécnico.

As aulas, assim como as olimpíadas, são separadas por níveis. O nível 1 atende alunos do 6º e 7º anos do ensino fundamental, o nível 2 do 8º e 9º anos e o nível 3 atende todos os alunos do ensino médio.

O coordenador do Poti é o professor Diego Otero e os professores são graduandos bolsistas e voluntários do curso de Matemática da UFPR. O material didático utilizado foi desenvolvido pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

As aulas acontecem aos sábados de manhã e nelas são resolvidos alguns exercícios para que o aluno se sinta mais confortável e familiarizado com as atividades de olimpíadas de forma geral.

Processo de seleção

Para participar da seleção, os estudantes precisam acessar o site www.poti.impa.br e se inscrever no Poti da UFPR até o dia 18 de março. Posteriormente, no dia 23, haverá uma prova de seleção no prédio do Setor de Ciências Exatas.

Serviço – Polo Olímpico de Treinamento Intensivo

Telefone: +55 41 3361-3591
Inscrições no site www.poti.impa.br de 26 de fevereiro a 18 de março
Prova de seleção: 24 de março no prédio do Setor de Ciências Exatas (Centro Politécnico)
Início das aulas: 7 de abril

Curso de Química da UFPR completa 80 anos

Curso de Química da UFPR completa 80 anos
Fachada de um prédio de esquina com três andares.

Fachada da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná na década de 1940. Foto: Divisão de Documentação Paranaense

Nesta segunda-feira (26/02), o curso de Química da Universidade Federal do Paraná completa 80 anos de existência. Com a possibilidade de bacharelado e licenciatura, o curso foi criado em 26 de fevereiro de 1938, com a fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná, instituição que foi incorporada à então Universidade do Paraná pelo Decreto-Lei nº 9.323 de 6 de junho de 1946. Ele foi reconhecido pelo Decreto Federal nº 5.756 de 4 de junho de 1940.

Leia abaixo comunicado oficial da professora doutora Ana Luísa Lacava Lordello, atual chefe do Departamento de Química:

“Caríssimos,

É com grande satisfação de comunico à comunidade do DQUI que o Curso de Química comemora HOJE (26/02) 80 anos de criação! Parabéns a todos que no seu dia a dia se dedicam a manter, melhorar, aprimorar o Curso de Química da UFPR. Meu reconhecimento a todos que já não estão mais aqui (Cláudio, Sueli, Izaura) e todos os servidores aposentados do DQUI que foram fundamentais para chegarmos onde estamos.

Agradeço muito também a atual Coordenação e sua equipe (Isac/Mario/Vidotti e Camila) que conseguiu fazer com que o “pesadelo” do período de ajuste de matriculas transcorresse na maior calma e organização possível.

O curso de química da UFPR (bacharelado e licenciatura) foi criado em 26 de fevereiro de 1938, com a fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná, instituição incorporada à, então, Universidade do Paraná em 01.04.1946 pelo Decreto-Lei nº 9.323 de 06.06.1946. Ele foi reconhecido pelo Decreto Federal nº 5.756 de 04 de junho de 1940.”

“É muito fácil para nós, professores universitários, criticar o ensino básico, mas o que estamos fazendo por ele?”

“É muito fácil para nós, professores universitários, criticar o ensino básico, mas o que estamos fazendo por ele?”

Em entrevista, professor Alexandre Trovon conta como foi a produção de livros didáticos para o ensino fundamental na coleção Aplicando a Matemática

Retrato de um homem olhando para a câmera.

Professor Alexandre Trovon, vice-diretor do Setor de Ciências Exatas.

No âmbito de uma universidade pública, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR), existe um debate constante sobre como aproximar a academia da sociedade. Uma das soluções propostas pelo professor Alexandre Trovon, do Departamento de Matemática, é a produção de livros didáticos. “É muito fácil para nós, professores universitários, criticarmos o ensino básico. Mas o que estamos fazendo por ele?”, provoca.

Desde 1998, o professor produz, em parceria com o professor Lourisnei Reis, livros didáticos para a segunda etapa do ensino fundamental – que vai do 6º ao 9º ano. A coleção, que já teve os nomes de Matemática Inter@tiva e Aplicando a Matemática, é comercializada há quase 20 anos pela editora Casa Publicadora Brasileira e também fez parte do Programa Nacional do Livro e Material Didático, do governo federal.

Com uma proposta diferenciada, os livros abordam a Matemática a partir da resolução de problemas contextualizados e trazem os assuntos em espiral – grau de complexidade crescente ao longo dos anos. “O que pretendemos foi justamente ‘desmistificar’ e mostrar como a Matemática pode ser usada para tomar decisões no dia a dia”, explica o professor.

Confira abaixo entrevista completa com o professor Trovon, que conta como foi o processo de concepção e elaboração dos livros.
*

Capa de um livro de matemática encadernado com espiral.

Capa da 1ª edição do livro Aplicando a Matemática para 8º ano do ensino fundamental.

Como surgiu a ideia e o esforço conjunto para a produção da coleção?

Foi a convite do professor Lourisnei Reis, de São Paulo, que já tinha produzido uma coleção de livros didáticos para o ensino fundamental com o professor Orlando Macedo. Ele me procurou em 1998 e me convidou para, juntos, encaminharmos a proposta de uma nova coleção para a Casa Publicadora Brasileira, editora que, na época, estava começando a investir em livros didáticos numa escala maior.

A nossa proposta foi aceita, e a primeira edição foi publicada em 2000, voltada para escolas particulares. A partir do retorno que obtivemos, fizemos ajustes e levamos a coleção para o Programa Nacional do Livro e Material Didático, do Ministério da Educação (MEC), onde ela também foi aceita após um processo de análise por especialistas. Desde então, foram publicadas mais ou menos catorze edições, para escolas particulares e públicas, e feitas cerca de oito reformulações completas do material.

Qual foi a proposta que os senhores construíram na época?

É o que chamamos, hoje, de modelagem matemática. Funciona assim: é dada uma situação, real ou contextualizada. A partir da investigação de como resolver aquele problema, o aluno vai sentindo a necessidade de determinadas ferramentas. Por meio da explicitação destas ferramentas, os conceitos matemáticos vão sendo expostos.

O que motivou essa proposta?

Existe uma crítica generalizada de que a matemática é descontextualizada, muito abstrata e difícil de ser trabalhada no ensino básico. Chega a ser mistificada, muitas vezes. O que pretendemos foi justamente “desmistificar” e mostrar como a matemática pode ser usada para tomar decisões no dia a dia – nas compras de supermercado, por exemplo.

Os senhores também adotaram uma linguagem diferenciada. Por que isso ocorreu?

Na transposição dos conceitos matemáticos, que são acadêmicos, para uma linguagem de sala de aula, algumas ferramentas e terminologias por vezes acabam tomando mais espaço do que o objeto que se pretende estudar.

Por exemplo, ideias acessórias como Mínimo Múltiplo Comum e Máximo Divisor Comum são praticamente irrelevantes do ponto de vista do aluno de ensino básico – ele não precisa dessas construções para efetuar somas ou simplificações de frações. Porém, em sala de aula, algumas vezes ideias como estas acabaram se tornando um tópico em si mesmo. Então tomamos cuidado para focar o estudo no conhecimento necessário ao estudante e não nas ideias acessórias.

O conteúdo da coleção foi trabalhado em “espiral”. Como isso funciona?

Grosseiramente falando, dentro de cada volume, os tópicos podem ser trabalhados de forma um tanto quanto independente – o professor pode, inclusive, escolher a ordem na qual deseja ministrá-los. Entretanto, vários assuntos – como a porcentagem, por exemplo – são tratados ao longo dos quatro anos, cada vez com um grau maior de profundidade e complexidade, como se fosse uma “espiral” que retoma o que foi visto anteriormente e aprofunda.

Qual foi o retorno que os senhores obtiveram das escolas?

Como autores, nós temos um compromisso com as escolas de prestar uma assessoria periódica. Não basta simplesmente produzir e distribuir os livros. Neste contato, nós pudemos constatar que os professores acharam interessante a abordagem de construção do conhecimento a partir da investigação, que é diferente da tradicional.

Por outro lado, eles precisaram traçar estratégias diferentes daquelas a que estão habituados, o que demanda tempo – e nem sempre um professor de ensino público tem este tempo. Alguns deixaram de usar a coleção por este motivo, voltando para o material com o qual estavam mais habituados. A médio prazo, aqueles que acreditaram na proposta e seguiram usando a coleção nos deram bastante retorno. Foi a partir desta troca que pudemos fazer ajustes no conteúdo e organização dos livros.

Qual a importância de elaborar materiais didáticos no meio universitário?

Os alunos que recebemos na universidade são provenientes do ensino básico e, com frequência, chegam até nós sem o grau esperado de conhecimento para acompanhar uma disciplina introdutória do 1º ano. É muito fácil para nós, professores universitários, criticarmos o ensino básico. Mas o que estamos fazendo por ele?

Uma solução, além da formação de professores de qualidade para o ensino básico, é a produção de materiais didáticos. Eu não vejo como não auxiliar o ensino básico se não estou satisfeito com a forma com a qual os estudantes chegam ao superior. Produzir livros didáticos é um processo longo, difícil e que toma tempo – foram 20 anos para chegar no ponto que estamos agora –, mas vale a pena.

Por Giulia El Halabi Lavalle

Professor Emerson Rolkouski é destaque na série “Lead the Change”, da American Educational Research Association

Professor Emerson Rolkouski é destaque na série “Lead the Change”, da American Educational Research Association

O professor Emerson Rolkouski é coordenador do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Foto: Unesp em Pauta

Em uma série de entrevistas que apresenta pesquisadores renomados em mudança educacional de todo o mundo, promovida pela American Educational Reasearch Association (Aera), um dos destaques é o professor Emerson Rolkouski, professor do  e do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática. A série, chamada “Lead the Change”, tem por objetivo dar destaque para pesquisas e práticas promissoras e oferecer diferentes visões sobre mudança educacional.

“A diversidade faz do Brasil um país excelente e nos oferece desafios para ensinar todas as populações. Um dos nossos maiores desafios é a falta de um sistema nacional de formação de professores e, por consequência, uma desvalorização da profissão docente”, disse o professor em entrevista.

Ele abordou, principalmente, seu trabalho e experiência como coordenador do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. “[…] Há oportunidades para que as políticas públicas promovam treinamento nacional de professores em grande escala, o que trabalha para aliviar as desigualdades de oportunidades entre algumas populações estudantis”, defende.

Para ler a entrevista completa em inglês, acesse aqui o arquivo .pdf.

Sobre o professor

Rolkouski possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Paraná (1999), mestrado em Educação pela mesma instituição (2002) e doutorado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006).

Professor da Educação Básica durante vários anos, atualmente é professor associado da Universidade Federal do Paraná onde desenvolve atividades de pesquisa, ensino e extensão na área de Educação Matemática.

American Educational Research Association

A American Educational Research Association (AERA), fundada em 1916, está preocupada com a melhoria do processo educacional, incentivando pesquisas acadêmicas relacionadas à educação e avaliação e promovendo a disseminação e aplicação prática dos resultados da pesquisa.

Professor Aldo Zarbin, do Departamento de Química, recebe título de Fellow da Royal Society of Chemistry

Professor Aldo Zarbin, do Departamento de Química, recebe título de Fellow da Royal Society of Chemistry

O professor Aldo J. G. Zarbin, do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná, foi nomeado Fellow da Royal Society of Chemistry. O título é concedido como reconhecimento à sua contribuição significativa para o desenvolvimento das ciências químicas. A indicação e nomeação foi feita pelo atual presidente da Royal Society of Chemistry, professor John Holman, da University of York.

O professor recebeu o prêmio em reconhecimento à suas contribuições para as ciências químicas. Foto: Camila Caetano / Reprodução

Na UFPR, o professor Aldo lidera o Grupo de Química de Materiais (GQM) e foi duas vezes coordenador do Programa de Pós-Graduação de Química. Também recebeu o reconhecimento Mérito Acadêmico em 2011, 2015 e 2016. Foi orientador da tese vencedora do Prêmio Capes de tese na área de Química em 2015 e é bolsista de produtividade nível 1B do CNPq.

O professor realizou seu pós-doutorado no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (1997-1998); possui doutorado (1997), mestrado (1993) e bacharelado (1990) em Química pela Universidade de Campinas (Unicamp). Atualmente, é presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e vice-coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanomateriais de Carbono.

Por Giulia El Halabi Lavalle, com informações da Sociedade Brasileira de Química, da Royal Society of Chemistry e do Grupo de Química de Materiais

Parceria entre C3SL e Sistema de Bibliotecas resulta em Base de Dados Científicos

Parceria entre C3SL e Sistema de Bibliotecas resulta em Base de Dados Científicos

O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), grupo de pesquisa do Departamento de Informática, criou um sistema que reúne dados científicos de pesquisas publicadas pela comunidade acadêmica da UFPR em parceria com o Sistema de Bibliotecas da UFPR (Sibi). O objetivo é que todas os dados utilizados em teses, dissertações, artigos de revistas e outros materiais bibliográficos estejam reunidos em um só local de fácil acesso.

O Banco de Dados Científicos (BDC) se integra ao Repositório Digital Internacional (RDI), conhecido em todo o mundo. Dessa forma o BDC se apresenta como um serviço inovador que acompanha a tendência mundial de planejamento, gestão, produção, organização, armazenamento, disseminação e reuso de dados de pesquisa.

A transparência e a otimização da produção científica, exaltadas com o projeto, possibilitem novas análises, abordagens, potencializando ainda a visibilidade e possíveis contribuições para pesquisas produzidas na UFPR.

Dessa forma, todos os pesquisadores estão convidados a depositarem seus dados científicos, utilizados em pesquisas publicadas.

Mais informações

Site oficial da Base de Dados Científicos: https://bdc.c3sl.ufpr.br/

Para entrar em contato com a equipe de desenvolvimento do BDC ou depositar seus dados de pesquisa, basta escrever para bdc@ufpr.br ou bdcufpr@gmail.com

Estudantes das exatas participam do concurso internacional Race to Zero

Estudantes das exatas participam do concurso internacional Race to Zero

A equipe multidisciplinar da UFPR que participa do concurso internacional Race to Zero, promovido anualmente pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos para desenvolvimento de soluções criativas para problemas reais da construção civil, conta com o reforço de três estudantes das exatas.

Foto: Ellen Jaskol, NREL

São eles: Marcos Maresi, graduando em Química, Henrique Pellegrini, graduando em Física, e Matheus Neves, pós-graduando em Física. No total, são 13 estudantes de graduação e pós, orientados pelo professor Cervantes Ayres Filho, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR.

Em todo o mundo, 84 equipes estão participando da competição e 40 serão selecionadas para a etapa final. Cada uma das cinco categorias elegem uma equipe vencedora, além da vencedora geral do concurso, que tem reconhecimento internacional.

Os estudantes das exatas afirmam que o maior ganho desta experiência, até agora, tem sido o caráter multidisciplinar. “Se as pesquisas feitas por nós não são usadas por outras áreas, ficam para fins meramente acadêmicos”, pontua Matheus. “Isso é importante, pois a física é uma ciência de base, mas, atualmente, eu vejo que o foco da ciência deve ser em prol da sociedade.”

O projeto

A equipe da UFPR participa na categoria “Escola primária”, em que deve ser projetada uma escola para 300 a 600 alunos com idades entre 4 e 14 anos. Os estudantes estão realizando reuniões, conversas com os professores do Setor de Educação e pesquisa de campo junto às escolas municipais e estaduais. A proposta inicial é uma Escola de Aplicação da UFPR, que seria construída no campus Botânico.

Dentro deste projeto, Marcos e Matheus estão trabalhando para que a escola seja auto-sustentável energeticamente, com o uso de células solares. Os dois estudantes das exatas têm ampla experiência na área pois fazem Iniciação CIentífica no Laboratório de Dispositivos Nanoestruturados (DiNe), coordenado pela professora Lucimara Stoltz Roman.

“É um projeto muito importante. A célula solar, como forma de energia alternativa, ainda é pouco utilizada. Ver um projeto que incentiva isso é motivador”, afirma Marcos. O estudante explica que a energia solar não gera resíduo de CO2 e portanto tem menos impacto no meio ambiente, diferente da termoelétrica e hidrelétrica, por exemplo.

Próximos passos

Até o dia 20 de fevereiro, as equipes devem enviar um relatório de trabalho para determinar os finalistas. Quem prosseguir para a próxima etapa deve apresentar os projetos e maquetes na sede do National Renewable Energy Lab (NREL) em Golden, Colorado (EUA).

Além da maquete, a equipe deve apresentar uma versão do projeto em realidade virtual (VR), que está sendo desenvolvido por Henrique, com orientação da game designer Gabriela Araújo, da divisão de jogos da Samsung, a Black River.

Programa de Pós-Graduação em Química está com as inscrições abertas

Programa de Pós-Graduação em Química está com as inscrições abertas

As inscrições para mestrado do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão abertas até o dia 22 de janeiro. O PPGQ é composto por doutorado e mestrado acadêmico nas áreas de Físico-Química, Química Analítica, Química Inorgânica e Química Orgânica.

Com avaliação 7 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério de Educação (MEC), alcançada em 2017, o Programa garante a excelência da formação e a inserção internacional.

Os estudantes podem obter bolsa de estudos concedidas por órgãos de fomento, como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Capes e a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. As bolsas são destinadas aqueles que não possuem vínculos empregatícios, de acordo com a ordem de classificação nos processos de admissão.

Mais informações

🕗Horário de funcionamento da secretaria:

📧 E-mail: cpgquim@quimica.ufpr.br | 🔗Site: www.quimica.ufpr.br/novapos/ptbr/

📞 Telefone: +55 41 3361-3006

Coordenador: Jaísa Fernandes Soares (gestão 2017/2019) 📧 jaisa@quimica.ufpr.br

Vice-Coordenador: Luiz Pereira Ramos 📧

Secretário: Marcelino Câmara 📧 marcelinocam@ufpr.br

Assistente: Fernanda Gabardo Dias Pinheiro 📧 fernanda.pinheiro@ufpr.br

📩 Endereço: Rua Cel. Francisco Heráclito dos Santos, 100

Centro Politécnico – Prédio do Departamento de Química

Caixa Postal: 19081 – CEP: 81531-980 – Jardim das Américas – Curitiba – PR

 

 

Biblioteca de Ciência e Tecnologia tem horário especial de final de ano

Biblioteca de Ciência e Tecnologia tem horário especial de final de ano
Interior de biblioteca com estantes de livros enfileiradas e um computador

Interior da Biblioteca de Ciência e Tecnologia da UFPR. Foto: Samira Chami Neves/Sucom

Os horários de atendimento da Biblioteca de Ciência e Tecnologia, a mais utilizada pelos alunos e docentes do Setor de Ciências Exatas, mudam com o fim do período letivo.

O horário de férias é de segunda à sexta-feira, das 7h15 às 19h15. Já entre os dias 27 de dezembro à 1º de janeiro de 2018, a biblioteca entra em recesso. O local volta a abrir as portas, ainda em horário de férias, no dia 2 de janeiro de 2018.

As especialidades do acervo da Biblioteca de Ciência e Tecnologia são: arquitetura e urbanismo, física, geografia, geologia, geomática, estatística, engenharias (ambiental, de bioprocessos e biotecnologia, cartográfica, civil, elétrica, mecânica, produção e química), matemática, matemática industrial, química e ciência da computação.

Serviço – Biblioteca de Ciência e Tecnologia da UFPR

Local: Centro Politécnico da UFPR

Endereço: Rua Francisco Heráclito dos Santos, nº 210 – Jardim das Américas

Telefone: +55 41 3361-3340

E-mail: bibtec@ufpr.br

Consulta ao acervo: http://acervo.ufpr.br/

Comunidade das Exatas conta com apoio para elaboração de projetos de pesquisa

Comunidade das Exatas conta com apoio para elaboração de projetos de pesquisa

Servidores do Setor de Ciências Exatas que necessitam de auxílio para realização de projetos de pesquisa agora conta com apoio didático-pedagógico para definir metodologia e objetos de pesquisa, encontrar a literatura e até mesmo obter dicas de redação de texto. O serviço é ofertado pelo sociólogo Gustavo Biscaia de Lacerda, que atua como pesquisador no Setor, além de possuir experiência como professor e editor de revista científica.

Ele explica as vantagens de obter ajuda neste trabalho: “Em qualquer pesquisa a reflexão sobre as suas várias etapas – objeto, métodos, objetivos e hipóteses, além da literatura específica – beneficia-se da discussão. Com frequência, um olhar externo pode ajudar na delimitação dessas fases”.

No caso dos servidores, o auxílio pode ser usado na elaboração de projetos para concorrer à pós-graduação – especializações, mestrados ou doutorados. “Esse serviço é uma forma de satisfazer uma demanda dos servidores das exatas, já que muitos demonstraram interesse em prosseguir os estudos. Neste sentido, um apoio didático-pedagógico pode ser útil”, explica Gustavo.

Em questionário eletrônico realizado pelo servidor, que contou com resposta de 30 técnicos-administrativos – de um total de 83 lotados no Setor –, 27 afirmaram que pretendem em continuar os estudos nos próximos anos e 23 disseram ter interesse no apoio didático pedagógico.

“Da minha parte é a preocupação em oferecer auxílio especializado para que os colegas servidores possam dar continuidade aos seus estudos e à qualificação profissional, até mesmo para que possam usufruir dos benefícios financeiros da qualificação”, defende Gustavo.

Serviço – Apoio didático-pedagógico para projetos de pesquisa

Local: sala PC-14, bloco didático PC.

Telefone: 3361-3028.

E-mail: gblacerda@ufpr.br

Horário de atendimento: 7h às 13h.

Professor Antonio Mangrich, do Departamento de Química, eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências

Professor Antonio Mangrich, do Departamento de Química, eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências

O professor Mangrich leciona há 26 anos e é decano do Departamento de Química. Foto: Leonardo Bettinelli / Arquivo Sucom

Professor titular sênior do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Antonio Mangrich foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na área de Ciências Químicas. O resultado saiu na última quarta-feira (6/12) e a posse dos novos membros acontece em 2018.

Nas exatas, além de Mangrich, o professor Yuan Jin Yun, do Departamento de Matemática, é membro titular da organização desde 2013 na área de Ciências Matemáticas.

A ABC existe desde 1916 e é uma entidade independente, não governamental e sem fins lucrativos. Atua como sociedade científica honorífica e contribui para o estudo de temas importantes para a sociedade, ao dar subsídios científicos para a formulação de políticas públicas.

O objetivo é o desenvolvimento científico do país, a interação entre os cientistas brasileiros e destes com pesquisadores de outras nações. Atualmente, conta com cerca de 700 membros.

Resultado das eleições para chefes e coordenadores é divulgado

Resultado das eleições para chefes e coordenadores é divulgado

Em reunião nesta quinta-feira (29), após contagem de votos, a comissão eleitoral divulgou o resultado das eleições para chefe e suplente dos departamentos de Matemática e Física, além dos coordenadores e vice-coordenadores dos cursos de Física, Química e Expressão Gráfica.

Confira o resultado nos documentos a seguir:

Resultado das eleições

Tabela com contagem de votos

 

Eleições de Chefes de Departamento e Coordenadores de Cursos de Graduação

Eleições de Chefes de Departamento e Coordenadores de Cursos de Graduação

O Vice-Diretor do Setor de Ciências Exatas, considerando o contido na Resolução n. 02/17-CONSET-ET, torna público que serão realizadas, no dia 29 de novembro de 2017, eleições para a escolha de Chefe e Suplente de Chefe do Departamento de Física; Chefe e Suplente de Chefe do Departamento de Matemática; Coordenador e Vice-Coordenador do Curso de Física; Coordenador e Vice-Coordenador do Curso de Química; e Coordenador e Vice-Coordenador do Curso de Expressão Gráfica.

As inscrições para as eleições foram realizadas entre os dias 13 e 17 de novembro de 2017, deferidas as seguintes inscrições:

Coordenação do Curso de Expressão Gráfica – Chapa única

Coordenação do Curso de Física – Chapa única

Coordenação do  Curso de Química – Chapa única

Chefia do Departamento de Física – Chapa única

Chefia do Departamento de Matemática – Chapa 1

Chefia do Departamento de Matemática –Chapa 2

 

Mais informações, no Edital n. 19/17-ET/DIR, na Resolução n. 02/17-CONSET-ET e Edital 01/2017-Comissão Eleitoral – Deferimento Inscrições

Grupo de pesquisa do Departamento de Informática vai monitorar equipamentos médicos da rede de saúde pública

Grupo de pesquisa do Departamento de Informática vai monitorar equipamentos médicos da rede de saúde pública

O projeto acontece em parceria com o Ministério da Saúde e o primeiro hospital monitorado será o Erasto Gaertner

O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), grupo de pesquisa do Departamento de Informática da Universidade Federal do Paraná , firmou uma parceria com o Ministério da Saúde para monitorar equipamentos médicos. Trata-se do Projeto para Inovação de Sistemas de Informação em Saúde (PinSis). Na primeira fase o equipamento monitorado será o de radioterapia, presente no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba.

“A ideia básica é auxiliar no bom uso do recurso público aplicado pelo Ministério da Saúde na compra de equipamentos médicos”, explicou André Grégio, coordenador do projeto. Para isso, é preciso monitorar se o equipamento entregue foi instalado, está em operação e, principalmente, se está atendendo pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Software

Para alcançar o objetivo do projeto, a equipe do C3SL, formada por oito bolsistas, pretende criar um software que vai agir como agente de monitoração. Dados enviados pelo hospital serão compilados, transformados e jogados no software, que será público.

Ele irá verificar dados como uso do equipamento, tempo de duração e quantidade de pacientes tratados com o equipamento monitorado.

Assim será possível fazer um cruzamento de dados para identificar se a taxa dos pacientes tratados alcança o mínimo de 60% via SUS.  A longo prazo, a intenção é criar um portal online em que todos podem observar a taxa de uso do equipamento.

Resposta à sociedade

Esse projeto atende a sociedade de duas maneiras. A primeira ao garantir transparência e acesso público a investimentos em saúde.

Já a segunda permite que o Ministério da Saúde monitore a utilização dos equipamentos através de dados exatos sobre a porcentagem de pacientes do SUS que utilizam o equipamento. Dessa forma, pode redirecionar recursos e melhorar o atendimento e bem estar do cidadão.

O projeto

A parceria foi firmada em dezembro de 2016 e a equipe formada em maio de 2017. O projeto teve início em outubro desse ano e espera a Aprovação do Comitê de Ética do Hospital Erasto Gaertner para ter acesso aos dados e começar o desenvolvimento real do projeto.

Por: Melora Moura

Marcha pela Ciência teve o apoio de docentes e alunos do Setor de Exatas

Marcha pela Ciência teve o apoio de docentes e alunos do Setor de Exatas

A Marcha teve como objetivo conscientizar a população com relação a possíveis cortes orçamentários em 2018

Com o objetivo de protestar contra os seguidos cortes do Governo Federal no orçamento para pesquisa nas universidades brasileiras, a segunda Marcha pela Ciência de Curitiba ocorreu no sábado (11), na Praça Santos Andrade. O evento organizado pela Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência (SBPC) também busca conscientizar a população a respeito da importância da produção de ciência e tecnologia no país.

Representantes de diversos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professores, membros do movimento estudantil e até mesmo o reitor da universidade, professor Ricardo Marcelo Fonseca, se reuniram para se posicionar contra o corte.

Aldo José Zarbin, professor do Departamento de Química da UFPR, presidente da Sociedade Brasileira de Química e um dos organizadores da Marcha em Curitiba, garante que essa proposta piora a atual situação de investimentos. “Estamos numa situação de penúria total. Os laboratórios estão fechando, não há recursos para expansão e as agências de fomento à pesquisa estão trabalhando no seu limite”, disse o professor.

Queda nos investimentos

A última proposta enviada ao Congresso Nacional prevê que o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) sofra, em 2018, um corte bruto de 19,5%, considerando apenas os recursos disponíveis para custeio e investimento. Ou seja, ao incluir gastos obrigatórios com salários e reserva de contingência, o corte vai para 25%, deixando pouca margem de verba para ser revertida em bolsas e incentivo à pesquisa.

Em números, o investimento vai cair de  R$ 5,9 bilhões para R$ 4,4 bilhões, em 2018.

Se a proposta for aprovada, as possíveis consequências serão a falta de equipamento, diminuição no número de bolsas para projetos já existentes e não abertura de novos projetos. O reitor Ricardo Marcelo garante que a proposta pode significar uma “descontinuidade na produção de ciência, na formação dos jovens e na nossa ponte para o futuro”.

A estudante Camila Suemi Imagaki, doutoranda de Química presente na manifestação, garante que a necessidade de posicionamento é necessária, principalmente para mobilizar a sociedade. “Eu me importo com a ciência, pelo futuro do país, e sei da importância que isso tem na vida das pessoas”, disse.

Preocupação com a mobilização

Cerca de 100 pessoas estavam presentes no dia da Marcha, o que é considerado um número pequeno. Zarbin garante que o número de pessoas não é um problema, já que é esperada uma mobilização maior por parte dos diretamente afetados pelo corte.

Em contraponto ele afirma que problema real é a falta de conhecimento e preocupação com os resultados de ciência e tecnologia aplicados no dia a dia das pessoas. “As pessoas se alimentam todos os dias e não sabem que naquela comida tem ciência e tecnologia. O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo, a relação entre o Zika Vírus e a microcefalia foi descoberta, a exploração de petróleo em águas profundas pode ser feita. Tudo isso só existe graças à ciência e tecnologia”, explica.

Por: Melora Moura

Inscrições abertas para concurso de criação de identidade visual

Inscrições abertas para concurso de criação de identidade visual

O Departamento de Expressão Gráfica está promovendo um concurso cultural para criação de identidade visual para um rótulo de uma vinícola argentina.

São 19 vagas reservadas para alunos de Expressão Gráfica e áreas afins da Universidade Federal do Paraná (UFPR), 3 para docentes e funcionários da universidade e 3 para a comunidade externa.

As inscrições vão até o dia 24 de novembro por formulário online e a entrega do projeto deve ser feita através da plataforma Edmodo até o dia 11 de dezembro, às 23 horas.

Os inscritos receberão confirmação até o dia 25 e devem comparecer obrigatoriamente à sessão de abertura, segunda-feira (27), às 14h30 na sala PC12 (Bloco PC).

Mais informações

Grupo de Pesquisa do Departamento de Informática é premiado na Tunísia por iniciativa de transparência pública

Grupo de Pesquisa do Departamento de Informática é premiado na Tunísia por iniciativa de transparência pública

O projeto premiado auxilia no monitoramento e transparência de ações do Ministério das Comunicações

Certificado de melhor paper emitido no evento. Foto: arquivo pessoal

O C3SL, Centro de Computação Científica e Software Livre da Universidade Federal do Paraná, teve destaque na última quarta-feira (8) ao ganhar o prêmio de melhor paper apresentado no evento ACS/IEEE International Conference on Computer Systems and Applications, que aconteceu na Tunísia.

A apresentação, intitulada “Transparency Meets Management: a Monitoring and Evaluating Tool for Governmental Projects”, teve como foco principal o Sistema de Monitoramento do Ministério das Comunicações (SIMMC), desenvolvido pelo Centro. O sistema gera um impacto positivo na economia de recursos e transparência pública de projetos de inclusão digital.

Diego Pasqualin, doutorando em Informática na UFPR e representante do projeto na apresentação, comemora a conquista: “Fico feliz em poder representar o grupo em um evento internacional, especialmente com o reconhecimento recebido através desse prêmio”.

A conferência é uma das primeiras do mundo a reunir a temática de sistemas e aplicações de informática contemporânea. Ela se tornou um fórum internacional para pesquisadores e profissionais da área, organizado pela  University of Arizona e pela  Université Centrale.

Além de Pasqualin, o trabalho teve co-autoria de 10 outros pesquisadores do C3SL: Celio Trois, Daniel Weingaertner, Edemir Maciel, Eduardo Almeida, Fabiano Silva, Hegler Tissot, Luis C. E. de Bona, Marcos Castilho, Marcos Didonet e Marcos Sunye.

“O que se verifica aqui é a universidade, por meio de um grupo de pesquisa, o C3SL, fortalecendo políticas de transparência e devolvendo investimentos públicos à sociedade”, comentou o diretor do Setor de Ciências Exatas, Marcos Sunye.

Monitoramento e transparência pública

O SIMMC foi criado como uma ferramenta de monitoramento dos projetos de inclusão digital do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), como o Gesac, cidades digitais e telecentros, por exemplo. Com isso, é possível controlar o que acontece em cidades distintas de maneira remota e econômica.

As informações destes projetos são coletadas de forma automatizada e reunidas em um banco de dados, o que auxilia na transparência, aumenta a eficiência da gestão pública e permite avaliar a possibilidade de expansão do trabalho.

É possível, por exemplo, verificar a utilização de recursos, identificar a instalação de novas conexões e telecentros, detectar furto de equipamento e falha dos provedores de internet na entrega de banda contratada.

O sistema também publica os dados coletados em um website, onde qualquer um pode fiscalizar a eficiência dos projetos, integrar os dados com outros bancos e até mesmo analisá-los de novas formas.

Premiações e reconhecimento

Em 2015, o projeto foi vencedor do 3º Concurso de Boas Práticas da Controladoria Geral da União (CGU) na categoria “Promoção da Transparência Ativa ou Passiva”.

Esse reconhecimento, seja interno, através da premiação no concurso da CGU, ou externo, com a premiação no congresso da Tunísia, reforça a importância de ações de apoio à políticas públicas, principalmente no âmbito de pesquisa das universidades.

“[O projeto] se torna elemento de construção de inovações e de produção de conhecimento”, afirma Américo Tristão Bernardes, Diretor do Departamento de Inclusão Digital da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC.

Por: Melora Moura