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Setor de Exatas e Polícia Federal trabalham em parceria na área de ciências forenses

 

O Setor de Ciências Exatas e a Polícia Federal formalizaram a parceria através da criação do Centro de Ciências Forenses. Mas o trabalho em conjunto já acontecia há vários anos com os departamentos de Informática, Química e Física, além do departamento de Geologia do Setor de Ciências da Terra. São realizados atividades na área de ciências forenses, como identificação de novas drogas psicoativas, análises de microvestígios, exames ambientais, desenvolvimento de sistemas e bancos de dados.

 

A parceria da Polícia Federal com a UFPR começou em 2010, com peritos geólogos e pesquisadores do Laboratório de Análises de Minerais e Rochas (LAMIR), do Departamento de Geologia do Setor de Ciências da Terra, para análise de vestígios encontrados em diferentes locais de crime e diversos materiais de interesse forense. “A UFPR possui equipamentos de última geração e pessoal qualificado que é capaz de apoiar a PF em casos que exijam uma análise diferenciada”, explica Marcos Sunye, diretor do Setor de Ciências Exatas sobre as atividades em conjunto.

 

A formalização dessa parceria é importante para a continuidade de trabalhos. Segundo Sunye, o convênio abre perspectivas de novos projetos em todo o território nacional. Além disso, permite desenvolver os laboratórios e as Pós-Graduações do Setor: “Esse convênio nos abre oportunidades de novos financiamentos, novos projetos e novos desafios”.

 

Fábio Augusto Salvador, geólogo e perito criminal federal, explica que para o desenvolvimento das ciências forenses no Brasil, é necessário o estreitamento das relações entre a criminalística e universidades: “O estado da arte de áreas do conhecimento como geologia, química, ciências da computação, física, biologia e muitas outras só é alcançado com a dedicação plena de estudantes de graduação e pós-graduação em coordenação com os peritos criminais demandadores de soluções rápidas e cientificamente sustentáveis”.

 

As atividades são realizadas na área de ciências forenses, como identificação de novas drogas psicoativas, análises de microvestígios, exames ambientais, desenvolvimento de sistemas e bancos de dados.
(Foto: Leonardo Bettinelli/Sucom-UFPR)

 

A partir dos trabalhos desenvolvidos em conjunto, Salvador explica que os efeitos são positivos: “resultados práticos muito rapidamente, produção de soluções para aplicação na área criminalística, suporte para confecção de laudos criminais, trabalhos acadêmicos inovadores e de qualidade internacional, desenvolvimento de soluções para problemas inesperados na persecução penal”. 

 

E para consolidar ainda mais a parceria entre as universidades e as ciências forenses é o lançamento do edital do PROCAD – Programa de Cooperação Acadêmica em Segurança Pública e Ciências Forenses. Ele possibilitará o financiamento pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ) , Secretaria de Segurança Pública (SENASP) e a CAPES de vinte projetos de pesquisa desenvolvidos entre universidades e unidades de criminalística. “Com financiamento de custeio, investimento e bolsas de estudo, constituirá um marco fundamental para a definitiva integração entre ciências forenses e academia”, comenta Salvador.