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Coordenadores de pós-graduação em computação discutem o cenário dos programas em evento

 

Na última sexta-feira (22) aconteceu o 1º Fórum dos Programas de Pós-Graduação em Computação do Paraná (ForPPCC-PR) no auditório do Departamento de Informática da Universidade Federal do Paraná. O objetivo era de discutir a atual situação dos programas.

 

O evento contou com a participação dos coordenadores dos Programas de Pós-Graduação em Computação das universidades paranaenses: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Curitiba, Ponta Grossa e Cornélio Procópio. Além disso, estavam como convidados os representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), professor Avelino Zorzo (PUCRS),  da Coordenadoria Ciência e Tecnologia (SETI), Marcos Pelegrina, e o atual coordenador do Fórum Nacional de Programas de Pós-Graduação em Computação, o professor Vitor E. Silva da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). 

 

O evento foi dividido em dois momentos: no período da manhã, os coordenadores apresentaram seus programas, informando as linhas de pesquisa, os objetivos e os principais desafios enfrentados. “Esse reconhecimento de todos os programas, quem são, quanto somos, o que fazemos, número de alunos que estamos formando, os talentos que a gente está gerando, onde estão esses talentos, isso é bem importante”, explica a professora Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, representante da UEM. 

 

Já de tarde, foi o momento de discussão sobre os principais desafios que os programas enfrentam, como atrair e manter discentes, os recursos, a divulgação científica e como ampliar a parceria com as indústrias. A partir disso,  debateram quais seriam os planos de ação, especialmente integrando as universidades. Segundo o professor Luis Carlos Erpen de Bona, representante da UFPR, o Paraná é um dos estados com maior número de programas de pós-graduação em computação e a proposta é alinhar os projetos: “Eu acredito que para os programas, é muito positivo porque juntos podemos fazer mais coisas. A gente pretende com isso estar melhorando a formação”, comenta. 

 

A iniciativa do fórum surgiu de uma conversa entre alguns coordenadores de pós-graduação. Esse é o primeiro ano de realização do evento, que foi formalizado na reunião, com a criação de um regimento. A proposta é que seja anual. 

 

O cenário da pós-graduação

 

Os programas de pós-graduação têm passado por momentos de incertezas. No último anúncio, em setembro de 2019, foram cortadas 5.613 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado pela CAPES. Ao todo, 11 mil bolsas sofreram cortes. Não serão oferecidas novas bolsas pelos próximos 4 anos.

 

“A pós graduação vive em desafio, por um lado a gente tem um cenário muito positivo na computação, porque é uma área importante que está crescendo. Mas ao mesmo tempo a gente vive muita incerteza de financiamento, da própria demanda, que às vezes pode ser afetada”, avalia o professor Bona. 

 

Além disso, o Ministério da Educação divulgou em 2020, a Capes só terá metade do orçamento de 2019. Foram reservados 2,2 milhões de reais, o que representa uma perda de 9% em relação a 2019. 

 

De acordo com a professora Ruiz Aylon, da UEM, o conhecimento gerado hoje é resultado das pesquisas: “é de extrema relevância que a sociedade entenda que essa é uma área que alavanca todo o progresso, toda a qualidade de vida, que os alunos entendam que eles podem fazer parte disso, que a gente espera por isso”.

por Carolina Calixto