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Programa de Pós-Graduação em Informática recebe prêmios e menção honrosa no Concurso Alexandre Direne de Teses, Dissertações e Trabalhos de Conclusão de Curso em Informática na Educação

Programa de Pós-Graduação em Informática recebe prêmios e menção honrosa no Concurso Alexandre Direne de Teses, Dissertações e Trabalhos de Conclusão de Curso em Informática na Educação

 

O Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGInf) recebeu prêmios de melhor Tese de Doutorado, melhor Dissertação de Mestrado e menção honrosa em Dissertação no Concurso Alexandre Direne de Teses, Dissertações e Trabalhos de Conclusão de Curso em Informática na Educação. O resultado foi divulgado no dia 28 de novembro. O evento é promovido pela Comissão Especial de Informática na Educação da Sociedade Brasileira de Computação. Além disso, o nome do concurso homenageia o professor Alexandre Direne, que trabalhou e inspirou colegas no Departamento de Informática e no PPGInf.

 

O primeiro lugar da Melhor Tese de Doutorado ficou com o aluno Andres J. Porfírio, orientado pelo professor Roberto Pereira e co-orientado pelo Eleandro Maschio (UTFPR), com a tese Identifying Evidences of Computer Programming Skills Through Automatic Source Code Evaluation. Já, o primeiro lugar da Melhor Dissertação de Mestrado ficou com a aluno Júlia dos Santos Bathke Ortiz, orientada pelo professor Roberto Pereira, com a pesquisa Computational Thinking for Youth and Adults Education: Towards a Socially Aware Model. E a Dissertação de Mestrado do aluno Leonam Oliveira, orientado pelo professor Andrey Pimentel e co-orientado pela professora Selma Santos Rosa (UFPR, campus Jandaia), com a pesquisa AFP-OPA: Arcabouço para a Escolha de Pares na Online Peer Assessment, recebeu Menção Honrosa de Dissertação de Mestrado.

 

Para o professor Roberto Pereira, do Programa de Pós-Graduação em Informática, as premiações destacam as pesquisas do PPGInf preocupadas em contribuir com a educação do país: “as premiações recebidas valorizam características chaves do PPGInf como um programa aberto e plural, com grupos de pesquisa que cobrem praticamente todas as áreas da Computação e suas aplicações, e que trabalham na formação de recursos humanos e pesquisa da mais alta qualidade”, comenta.

 

Pereira também reforça que além da importância acadêmica do concurso, está a de homenagear um professor que fez grande trabalho dentro do PPGInf: “o Professor Alexandre Direne foi uma pessoa cuja atuação e contribuição transcenderam questões educacionais e administrativas. Defensor da educação pública e de qualidade, ele influenciou muito as características que hoje marcam o Departamento de Informática e o PPGInf”, explica Pereira. Além disso, outra maneira de homenagear foi através do aluno Andrés J. Porfírio, que era inicialmente orientado pelo professor Direne e recebeu o primeiro lugar: esta foi a oportunidade única do programa receber um prêmio para uma pesquisa inicialmente orientada pelo Prof. Direne em um concurso que leva o seu nome! Ao Prof. Direne nós dedicamos esses prêmios!”, finaliza Pereira. 

Alice Grimm, professora do Departamento de Física, é pesquisadora referência na Meteorologia e a cientista da UFPR mais citada em 2019

Alice Grimm, professora do Departamento de Física, é pesquisadora referência na Meteorologia e a cientista da UFPR mais citada em 2019

 

No dia 16 de outubro um grupo de pesquisa da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, publicou no Journal Plos Biology, a lista dos cem mil cientistas mais influentes do mundo. A professora Alice Grimm, do Departamento de Física, foi a professora da UFPR mais citada durante o ano de 2019, ficando na 26.338º posição. Há 45 anos como professora na UFPR, Alice Grimm é referência em pesquisa na área da Meteorologia, com foco em variações climáticas, seus impactos e previsibilidade.

 

Foi uma surpresa muito agradável. O fato de ter algum reconhecimento é até um consolo: você trabalhou muito duro, mas afinal de contas você chegou em algum resultado que trouxe algum reconhecimento, houve algum impacto do que você fez”, diz Grimm sobre o reconhecimento na lista dos cem mil cientistas mais influentes do mundo. 

 

A trajetória e a carreira

 

Formada em dois cursos na UFPR, o sonho da professora Alice Grimm era Arquitetura e Urbanismo. Mas, aconselhada pelo irmão, professor do Departamento de Física na época, prestou vestibular também para Física, em um momento em que cada curso cuidava das provas. “Eu disse que ia fazer Arquitetura e ele teve aquelas premonições que irmão mais velho tem”, conta Grimm. Então, em 1972 se formou em Física e, em 1973, em Arquitetura e Urbanismo.

 

A vida profissional começou na área de Arquitetura e Urbanismo, trabalhando no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPUC). Mas quando abriu a oportunidade de fazer o concurso para professor no Departamento de Física, Grimm não hesitou: “realmente descobri que era disso mesmo que eu gostava. Deve ser algo genético porque meus pais eram ambos professores e, dos 5 filhos, 4 viraram professores”, brinca. 

 

A carreira na pesquisa científica iniciou com o Mestrado em Ciências Geodésicas da UFPR, concluído em 1982. Mas o que realmente definiu o caminho para o doutorado em Meteorologia foi o impacto das enchentes de 1983 em Santa Catarina na vida da família: “Ocorreram enchentes catastróficas e foi uma tragédia que me marcou muito. Eu li sobre o assunto e vi que o pessoal atribuía aquelas enchentes a um fenômeno chamado El Niño. Aqui no Brasil praticamente nada tinha sido estudado a respeito desse fenômeno, poucos trabalhos, de maneira que não se previu essa tragédia toda. Então eu resolvi estudar esse fenômeno”, conta Grimm.

 

Com isso, ela iniciou o doutorado na Universidade de São Paulo (USP), com o foco da tese em descobrir o impacto remoto das fontes anômalas de calor tropicais e como prever isso. Ou seja, impactos de fenômenos que liberam muito calor na atmosfera, como o El Niño, sobre a Região Sul do país. “Viajava toda semana 800 km para ir até a USP. E só voltava no final de semana. Realmente foi muito trabalhoso”, explica Grimm. O trabalho valeu a pena, pois a tese recebeu o Prêmio USP de Pós-Graduação em 1993, conferido às três melhores Teses de Doutorado da Universidade de São Paulo, nas áreas de Ciências Exatas e Tecnológicas, Ciências Humanas e Ciências Biológicas, entre as cerca de 700 Teses de Doutorado produzidas em 1992 na USP.

 

Professora Alice Grimm é referência em Meteorologia, com pesquisas sobre oscilações climáticas globais com impactos na América do Sul. (Foto: Tamiris Moraes/Agecom/DGC/UFSC)

 

A pesquisa científica

 

A partir daí, Grimm seguiu na carreira de pesquisa na área de Meteorologia, participando de Congressos, Comitês e Painéis internacionais e estudando os fenômenos El Niño, La Niña, monções e outros tipos de oscilações climáticas globais com impactos na América do Sul. Estabeleceu contatos com pesquisadores de muitos países e conta, por exemplo, que escreveu o primeiro artigo conjunto de pesquisadores brasileiros e argentinos sobre Meteorologia. “Achei o meu nicho e é o que eu realmente gosto de fazer”, comenta Grimm.

 

Segundo ela, na área da Meteorologia, a pesquisa científica ajuda a prever desastres naturais, como enchentes e deslizamentos. Além disso, ajuda a defesa civil, a agricultura, a geração de energia hidrelétrica e os negócios de empresas em vários setores. “Pesquisa científica é essencial. São informações que permitem às pessoas tomar decisões e se protegerem. Isso é ciência”, fala Grimm.

 

Ao longo da carreira surgiram dificuldades, sendo algumas devidas ao fato de ser mulher na ciência. Mas para ela uma das maiores dificuldades é ser a única pesquisadora do departamento no Grupo de Meteorologia da Universidade Federal do Paraná. Grimm revela que produziria mais se tivesse mais colegas na área: “uma coisa que obviamente tornou minha carreira mais difícil, é o fato de eu ser um grupo do eu sozinho, em termos de pesquisadores”. Contudo, ela ressalta que o trabalho com alunos de graduação, pós-graduação e visitantes do Grupo é muito gratificante.

 

Grimm garante que ainda tem muito a produzir. O reconhecimento recebido através das citações de seus trabalhos, o conhecimento já produzido e as muitas perguntas ainda por responder servem como incentivo para continuar na pesquisa. Para ela, o objetivo é descobrir cada vez mais sobre os assuntos que a interessam e são úteis para a sociedade. Quanto mais ela descobre, mais percebe quanto ainda falta: “o meu objetivo é cobrir o máximo possível as oscilações climáticas, seus mecanismos físicos e suas combinações  que mais impactam a América do Sul”, informa.

II Fórum dos Programas de Pós-Graduação em Ciência da Computação do Paraná: evento conta com discussões sobre ações para o fortalecimento dos programas de computação do estado

II Fórum dos Programas de Pós-Graduação em Ciência da Computação do Paraná: evento conta com discussões sobre ações para o fortalecimento dos programas de computação do estado

 

Entre os dias 3 e 4 de dezembro é realizado o II Fórum dos Programas de Pós-Graduação em Ciência da Computação do Paraná. Esta edição foi organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). As inscrições são gratuitas e aberto ao público. O fórum será realizado virtualmente.

 

O evento conta com reuniões com os representantes da Capes e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI/PR) para discutir ações e estratégias de fortalecimento da rede paranaense de Pós-Graduação em Computação; um painel sobre o Ecossistema de Inovação Regional e Integração com as Universidades, com os representantes do Sistema Regional de Inovação do Oeste do Paraná (SRI) e de três parques tecnológicos: a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec) de Cascavel, o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) de Foz do Iguaçu e o Biopark de Toledo. Além disso, a Mostra de Trabalhos para divulgação de pesquisa realizados nos cursos de mestrado e doutorado. 

 

Segundo o Luiz Antonio Rodrigues, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Unioeste e vice-diretor do ForPPGC-PR, a organização de um evento virtual foi um desafio: “felizmente hoje temos muitas ferramentas, inclusive gratuitas, que nos auxiliam no processo. Além disso, depois de alguns meses de atividades remotas, o público já está mais habituado com a dinâmica dos ambientes virtuais”.

 

Criado em 2019, o Fórum de Programas de Pós-Graduação em Computação do Paraná (ForPPGC-PR) teve sua primeira edição coordenada pelo Programa de Pós-Graduação em Informática da UFPR. De acordo com o professor Luis Carlos Erpen de Bona, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Informática da UFPR  e presidente do ForPPGC-PR, os coordenadores dos programas notaram a necessidade de articular a área já que o estado do Paraná possui 10 programas de pós-graduação na área de ciência da computação, sendo sete de mestrado e três com mestrado e doutorado: “o objetivo é discutir soluções para problemas comuns enfrentados e construir parcerias entre os programas de pós-graduação. Além disso o fórum tem importância no desenvolvimento da área da ciência de computação no Paraná e sua interação com a sociedade”, comenta. 

 

Rodrigues explica que o Paraná é o segundo estado mais inovador do país e vice-líder em investimentos em ciência e tecnologia, atrás apenas de do estado de São Paulo, de acordo com o índice de Inovação dos Estados publicado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) em 2020, e que os Programas de Computação têm papel fundamental nesse resultado: “integrar e fortalecer os Programas paranaenses é uma forma de construir projetos ainda mais robustos e inovadores para o Estado, formando e atraindo recursos humanos altamente qualificados, e investimentos, tanto públicos quanto privados”.

Professoras do Setor de Exatas publicam livro de passatempos sobre mulheres negras cientistas

Professoras do Setor de Exatas publicam livro de passatempos sobre mulheres negras cientistas

 

Professoras e estudantes do projeto de extensão “Meninas e Mulheres nas Ciências” publicaram no dia nacional da Consciência Negra o primeiro volume do livro de passatempos “Cientistas negras: brasileiras”. A publicação é uma continuidade das ações do projeto, que tem como objetivo a divulgação científica e a equidade de gênero. O livro está disponível gratuitamente.

 

O livro é para todos os públicos e conta com atividades lúdicas, como palavras-cruzadas, desenhos para colorir e caça-palavras. O objetivo é divulgar e valorizar o protagonismo das cientistas negras brasileiras, através de uma  perspectiva descolonizadora e humanizadora. “A gente espera colaborar com o fortalecimento e o reconhecimento de referências intelectuais negras no campo das ciências, disseminar os conhecimentos produzidos pelas cientistas que são retratadas na obra, promover reflexões sobre o preconceito racial e de gênero, também o livro pode inspirar meninas e mulheres a seguirem a carreira científica”, conta Camila Silveira, professora do Departamento de Química e coordenadora do projeto Meninas e Mulheres nas Ciências. 

 

São abordadas cientistas de todas as grandes áreas da  Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES): Ciências Exatas; Engenharias; Multidisciplinar; Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas; Linguística, Letras e Artes; Ciências Agrárias; Ciências Biológicas e Ciências da Saúde. Alessandra Barbosa, professora do Departamento de Física e integrante do projeto Meninas e Mulheres nas Ciências, explica que o livro traz tanto a vida quanto o trabalho das cientistas: “todas elas passaram por várias situações parecidas, envolvendo preconceito racial e de gênero, e que todas elas lutam contra essas injustiças. Em particular, a gente procurou destacar que além de grandes cientistas, todas elas são grandes mulheres conscientes do seu papel na sociedade e na luta por um mundo melhor”. 

 

O livro foi produzido, em grande parte, por professoras e alunas negras que integram a equipe do projeto. Participaram as professoras Camila Silveira do Departamento de Química, Alessandra Souza Barbosa do Departamento de Física, Claudemira Vieira Gusmão Lopes, do Setor Litoral, e pelas estudantes de graduação Jaqueline de Lima Ramos, Mayara Cordeiro Brasil, Raissa Herminia Jesus de Almeida e Liza Mohana Cavalheiro. As ilustrações são de Marcelo Jean Machado, artista e estudante do Curso de Licenciatura em Física.

 

“A gente espera que todas as cientistas negras, mesmo as que não foram homenageadas nesse primeiro volume, se sintam representadas no livro. E esperamos que meninas e jovens mulheres negras se sintam inspiradas a seguir a carreira científica. Esperamos ajudar no processo de descolonização da ciência, mostrando que há mulheres negras cientistas, sim!”, completa Barbosa. 

Professores do Setor de Ciências Exatas presentes na lista dos 100.000 cientistas mais influentes do mundo

Professores do Setor de Ciências Exatas presentes na lista dos 100.000 cientistas mais influentes do mundo

 

A lista dos 100.000 melhores cientistas do mundo foi publicado no Journal Plos Biology, no dia 16 de outubro de 2020. Ela é resultado da pesquisa “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators” , realizada uma equipe da Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, liderada pelo pesquisador John Ioannidis, que leva em consideração os cientistas mais citados, segundo uma base de dados Scopus. Na lista geral aparecem oito docentes do Setor de Ciências Exatas. 

 

A lista dos professores foi montada em dois rankings: um leva em consideração o impacto do pesquisador ao longo da carreira até 2019, e o outro considera o impacto do pesquisador em 2019.

 

No ranking de mais citados em 2019, aparecem um docente do Departamento de Informática: Luiz Eduardo Oliveira, na 121.439º posição; dois professores do  Departamento de Física: Felix Sharipov, na 49.479º posição; e Alice Grimm, professora da UFPR mais citada em um ano, na 26.338º posição e três docentes do Departamento de Química: Fernando Wypych, na 68.857º posição; Luiz Pereira Ramos, na 51.050º posição e Aldo Zarbin, na 156.912º posição.

 

Já na lista de mais citados ao longo da carreira constam, do Departamento de Física: Felix Sharipov, professor mais citado da UFPR ao longo da carreira, na 40.772º posição; e Miguel  Abate, na 151.313º posição; do Departamento de Química: Luiz Pereira Ramos, na 71.316º posição; Fernando Wypych, em 84.551º posição; Leni Ackcelrud, na 97.807ª posição; e Aldo Zarbin, na 168.053 posição.

 

O Setor de Ciências Exatas parabeniza os professores pela enorme dedicação e empenho à ciência e pelo reconhecimento merecido ao trabalho realizado.

Professor do Departamento de Física integra equipe da Polícia Científica do Paraná para projeto de certificação de pistolas

Professor do Departamento de Física integra equipe da Polícia Científica do Paraná para projeto de certificação de pistolas

 

O professor Evaldo Ribeiro, do Departamento de Física do Setor de Ciências Exatas, vai integrar uma equipe com a Polícia Científica do Paraná, em parceria com os peritos Emilio Merino de Paz Junior e Flávio Eduardo Martins, para instalar um laboratório de certificação de pistolas. O projeto foi submetido ao edital 3/2020 MJ/SENASP, que solicitava planos de ensaio para segurança pública. A expectativa é começar a executar ainda em 2020. 

 

A proposta surgiu do interesse da Polícia Científica do Paraná, que procurou parceria com o Centro de Ciências Forenses da UFPR. O professor Evaldo Ribeiro explica que com o laboratório pronto, com as estações de teste e o stand de tiro montado, é possível realizar a certificação cumprindo sete itens da norma técnica: “ensaio de verificação de características gerais e metrologia; ensaio de intercambiabilidade; ensaio de endurance; ensaio de precisão; ensaio de força de puxada no gatilho; ensaio de queda; ensaio de obstrução do cano por projétil”, completa. 

 

A certificação de armas é fundamental para a segurança dos policiais e da população. Ribeiro conta que nos anos recentes aconteceram diversos episódios de falhas dos equipamentos, como pistolas que não atiraram quando deveriam, que dispararam acidentalmente; coletes balísticos que não protegeram, entre outros. “A intenção do Edital é que haja um laboratório público que possa realizar esses testes de certificação para auxiliar o processo de compra de armas e proteções pelas autoridades competentes, garantindo um mínimo de performance dos instrumentos adquiridos”, destaca Ribeiro. O processo de certificação de armas é feito por amostragem. A partir do lote do fabricante, no mínimo dez pistolas devem ser selecionadas aleatoriamente e passar pelos sete ensaios. Elas precisam apresentar performance acima de um limite para cada ensaio realizado, para então receber a certificação.

 

O projeto vai ampliar a atuação na área forense em Curitiba e no Paraná. Além disso, reforça a aproximação da academia com a Polícia Científica do Paraná. Ribeiro comenta que a atividade no laboratório vai fortalecer o desenvolvimento de pesquisas na área balística, tornando o estado referência a nível nacional. “Foi uma honra participar da equipe com Peritos que demonstram muito conhecimento na área, é uma chance ímpar de aprender sobre uma área de ciência forense com a qual não tenho muita experiência. Então estou muito animado pela possibilidade de participar da montagem e dos processos de acreditação nas estações experimentais”, proclama Ribeiro.

 

A equipe já tem ideias para um implementar ensaios adicionais, mas esse ainda não é foco. Além disso, a criação do laboratório possibilitou outras ideias. Uma equipe com os peritos submeteu ao edital PROCAD – Ciências Forenses aberto recentemente junto à CAPES, para estudar novos métodos de identificação de resíduos de disparo de armas de fogo. “Posso prever muitos desdobramentos interessantes na área de ciência forense com base na aprovação e instalação desse laboratório de ensaios balísticos”, finaliza Ribeiro.

Parceria do Setor de Ciências Exatas, Setor de Ciências da Saúde e Unidade Centro de Atenção à Saúde-3 cria Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Saúde

Parceria do Setor de Ciências Exatas, Setor de Ciências da Saúde e Unidade Centro de Atenção à Saúde-3 cria Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Saúde

 

Criado nos primeiros meses da pandemia, o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Saúde (NEPES) surgiu a partir da preocupação do Setor de Ciências Exatas com um planejamento para as adequações necessárias para uma eventual volta das aulas presenciais. Participam professores do Setor de Ciências da Saúde, dos Departamentos de Enfermagem e Saúde Coletiva; do Setor de Ciências Exatas; e profissionais da Unidade Centro de Atenção à Saúde–3 (CASA 3). Os objetivos são de monitorar, notificar e investigar doenças e agravos de notificação compulsória dentro da Universidade Federal do Paraná. A proposta do NEPES foi apresentada a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) e, na próxima semana, vai ser exposta para a comissão da UFPR que lida com as voltas às aulas. 

 

A professora e coordenadora do Curso de Enfermagem do Setor de Ciências da Saúde, Daiana Kloh, explica que foi com a demanda do Setor de Exatas que perceberam uma lacuna dentro da estrutura de vigilância em saúde da UFPR: “sentimos a necessidade de criar um Núcleo de Vigilância Epidemiológica para a UFPR, porque não é possível a gente pensar em um retorno sem pensar na investigação, na notificação, no monitoramento dos casos e na busca-ativa de contatos”.  

 

Assim, o NEPES passou a trabalhar em conjunto com a Unidade Centro de Atenção à Saúde–3 (CASA 3) para pensar a curto, médio e longo prazo na prevenção a doenças e na promoção à saúde: “além de ser um projeto pensado como extensão, será um espaço importante para a realização do ensino, pensando na interprofissionalidade e em práticas colaborativas, e pesquisas na saúde e áreas afins”, aponta Kloh. 

 

Algumas ações já estão sendo feitas pelo NEPES e pelos profissionais da CASA 3, com o foco inicial no projeto-piloto de combate à COVID-19. Já foram feitas algumas diretrizes encaminhadas ao Setor de Ciências Exatas; desenho de um prontuário eletrônico para o CASA 3, em parceria com o Setor de Ciências Exatas; integração do sistema de notificações de agravos entre o NEPES/CASA 3 e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Atualmente, o núcleo trabalha na elaboração de orientações para a identificação e encaminhamento dos casos suspeitos ou confirmados de COVID-19, ação pensada para as coordenações de cursos; elaboração de materiais informativos para as coordenações e para a manutenção das medidas de prevenção à COVID-19 para serem implementados junto aos discentes e servidores da UFPR. “Estamos vivendo uma oportunidade ímpar para instaurar um sistema de vigilância em saúde, buscando garantir um ambiente seguro para todas e todos”, comenta Kloh. 

 

Volta presencial das atividades e a Instrução Normativa Nº 109

 

Segundo a professora Daiana Kloh, o cenário atual da pandemia não é segura o suficiente para uma volta presencial. Mas é o momento de planejar. Um  retorno seguro precisa de uma série de medidas organizacionais e mapa de risco da COVID: “a gente precisa analisar as características físicas, locais e organizacionais do processo de trabalho. E monitorar o afastamento dos infectados, fazer uma busca-ativa de contatos, monitoramento dos casos, ter todo um sistema de notificação implantado”, explica. 

 

A principal estratégia para o planejamento é o pensamento coletivo, avalia Kloh. Profissionais de autoridade sanitárias, que compreendam o comportamento da COVID-19, aliados à comunidade acadêmica, que conhecem o funcionamento e a estrutura da Universidade precisam construir diretrizes institucionais: “a partir destas diretrizes, cada setor deverá trabalhar no sentido de atender às suas demandas específicas, conforme as suas particularidades”.

 

Adequações físicas, como higienização dos espaços, marcações de distanciamento social, álcool em gel espalhados pelas dependências, porta de entrada diferente da de saída, janelas para circulação do ar, são alguns exemplos. Além disso, entender o fluxo de trabalho e se o ciclo organizacional está adequado. “Quando a gente pensa em um retorno, a gente precisa pensar em um lugar seguro”, completa Kloh.

 

No dia 29 de outubro de 2020, o Ministério da Economia divulgou a Instrução Normativa Nº 109, que traz orientações sobre a volta presencial, mas que não obriga sua adesão. Kloh explica que, possivelmente por não ter sido escrita por agentes sanitários, a IN traz falhas técnicas que impactam os princípios e a segurança do trabalho, como por exemplo o artigo 7, que aborda a autodeclaração de grupo de risco: “é questionável, como o trabalhador irá autodeclarar alguma doença? Isso compete ao médico”, exemplifica Kloh. 

 

“É preciso compreender a saúde do trabalhador, é preciso ampliar o nosso olhar para além de protocolos pontuais. Quando você analisa atentamente este documento (IN 109), você percebe o negacionismo da doença – da COVID-19”, diz Kloh. Para ela, o processo de volta não é um trabalho fácil, mas que exige comprometimento da comunidade e das autoridades.

Programa de Pós-Graduação em Física realiza o Minicurso “Introdução à Óptica Quântica”

Programa de Pós-Graduação em Física realiza o Minicurso “Introdução à Óptica Quântica”

 

O Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF) oferta no mês de novembro o minicurso “Introdução à Óptica Quântica” entre os dias 24 a 27. O curso será ministrado pelo Prof. Dr. Sebastião José Nascimento de Pádua, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Os assuntos abordados nas aulas são: quantização do campo eletromagnético – fótons; detectores de fótons únicos, função de correlação e coerência; fonte de luz com propriedades quânticas, conversão paramétrica descendente; aplicações em óptica quântica e informação quântica. 

 

As aulas serão ministradas em português, através da plataforma Microsoft Teams. Horário das aulas: de 24/11/2020 a 27/11/2020, das 13h30min às 17h30min (até às 16h30min no último dia).  Para receber certificado, é necessário ter concluído pelo menos 75% da carga horária total.

 

As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de novembro. Os discentes do PPGF devem se inscrever pelo SIGA, além de preencher o formulário de inscrição. Já os interessados externos ao PPGF, devem preencher o formulário de inscrição e o Requerimento de matrícula disciplina isolada, disponível no endereço http://fisica.ufpr.br/posgrad, e enviar por e-mail para posgrad@fisica.ufpr.br ou leandrocf@fisica.ufpr.br até o dia 20 de novembro de 2020. É necessário o preenchimento do formulário, além de ter conta no Microsoft Teams.

 

Formulário de inscrição: https://forms.gle/vHjf3SMTMWDLpxmv7

Setor de Ciências Exatas tem participação expressiva na oferta de disciplinas para o Ensino Remoto Emergencial 2

Setor de Ciências Exatas tem participação expressiva  na oferta de disciplinas para o Ensino Remoto Emergencial 2

 

O 2º Período Especial (ERE2) foi aprovado e as aulas tem início no dia 03 de novembro e termina 27 de março de 2021 Os departamentos do Setor de Ciências Exatas se organizaram para esse novo período de aulas remotas. No total, foram abertas 550 turmas, com 18.143 vagas, que contam com a participação de 226 professores, que representa 96,2% do corpo docente do Setor. A oferta atenderá 8 Setores da UFPR: Exatas, Ciências Biológicas, Ciências da Terra, Tecnologia, Ciências da Saúde, Sociais Aplicadas, Humanas e Ciências Agrárias. 

 

 

O ERE2 em números

 

O Departamento de Estatística oferta 59 turmas, com 22 professores envolvidos, que representa 100% do corpo docente do DEST. No total, serão atendidos 27 cursos de 8 diferentes setores da UFPR, com 2.620 vagas disponibilizadas. Paulo Justiniano, professor e chefe do Departamento de Estatística, explica que várias estratégias foram tomadas para conseguir atender todas as solicitações. A primeira foram ciclos de reuniões entre os professores, para discutirem sobre o Ensino Remoto Emergencial 1, levantando questões, dificuldades e o melhor modo de agir sobre o próximo período remoto: “agora no ERE2, a gente promoveu discussões para que os professores pudessem relatar suas experiências, compartilhar com os colegas o que funcionou e o que não funcionou, quais as sugestões, visões e modificações.”

 

No ERE 1, foram ofertadas disciplinas básicas e optativas, o que possibilitou aos professores acumularem experiências para o ERE 2. A estratégia escolhida foram de ofertas de disciplinas conjuntas. Professores se uniram para oferecer aulas padronizadas, desde materiais até aulas gravadas, possibilitando atender 20 cursos diferentes no ERE 1 de maneira igual: “tivemos uma taxa de aprovação compatível com o que a gente tem nos períodos normais, tivemos um bom aproveitamento dos alunos, conseguimos ter relatos bastante positivos dos estudantes e conseguimos dar um curso de boa qualidade, os materiais ficaram muito bons, foram bem aceitos e o curso ficou bem organizado”, explica Justiniano.

 

O Departamento de Expressão Gráfica (DEGRAF) abriu 73 turmas, com 1.495 vagas, atendendo 14 cursos. Nesse Período Especial 2, o total de professores envolvidos são 20, que representa 100% do corpo docente do DEGRAF. O Departamento de Física (DFIS) está ofertando 80 turmas para 21 cursos diferentes, 2.101 vagas ofertadas e 44 professores envolvidos nas disciplinas. 

 

O Departamento de Matemática (DMAT) é um dos que têm maiores números de turmas ofertadas em diferentes disciplinas, são 169, e 24 cursos atendidos. Alexandre Kirilov, professor e chefe do Departamento de Matemática, conta que os professores se dividiram em 5 grandes equipes para atender as disciplinas de maior demanda e que são comuns a vários cursos da UFPR: “para as disciplinas básicas organizamos grupos de professores que estão produzindo material de apoio para as aulas, como vídeos, apostilas e listas de exercícios, e disponibilizando horários de atendimento para esclarecimento de dúvidas e reforço da teoria, com professores do DMAT, além de atendimento com monitores das disciplinas”, esclarece Kirilov. Já as matérias específicas terão atendimento mais direcionado e cada professor escolhe sua estratégia. A estratégia envolve 52 professores e oferta 6.685 vagas. 

 

Enquanto isso, o Departamento de Informática (DINF) tem 2.119 vagas ofertadas em 82 turmas para 10 cursos diferentes, contando com o envolvimento de 38 professores. E, finalmente, o Departamento de Química (DQUI) com 87 turmas abertas e um total de 3.123 vagas ofertadas, atendendo 13 cursos, com 50 professores envolvidos. 

Programa de Pós-Graduação em Educação convida para o I EduRede

Programa de Pós-Graduação em Educação convida para o I EduRede

O I EduRede, intitulado o “Uso das TDIC na Educação em Tempos de Pandemia”,  é um seminário internacional online que será realizado entre 16 a 19 de novembro. O evento conta com palestras e minicursos, além da participação de professores nacionais e internacionais, do Chile e de Portugal. O evento é gratuito.

 

A palestra de abertura acontece no dia 16 de novembro, às 19 horas. Contará com a presença dos professores doutores Glaucia da Silva Brito e Jacques de Lima Ferreira, ambos do Brasil, além do professor chileno Roberto Caneles Reyes que atualmente pertencente ao Grupo de Trabalho Apropriação de Tecnologias Digitais e Interseccionalidades- RIAT-CLACSO.

 

No dia 17 de novembro, a partir das 19 horas, acontece 3 minicursos: Jogos digitais, Gamificação e Interdisciplinaridade, com tutoria da professora Fabielle Cruz; Tecnologias Digitais Assistivas, com tutoria dos professores Aldemar Balbino da Costa e Cléber Lopes; Ferramentas para criatividade e inovação na Educação, com as professoras Geiza Santos e Elaine Andrade. No dia 18 são realizados apresentação de trabalhos.

 

Por fim, no dia 19, será realizado uma mesa-redonda a partir das 19 horas, com a participação dos professores portugueses Antônio Moreira e Sara Trindade, com mediação da professora associada da Universidade Estadual de Maringá Maria Luisa Furlan Costa, líder do Grupo de Pesquisa em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais (GPEaDTEC). 

 

A inscrição pode ser realizada através do formulário (https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd-76JJQo7j4tiR6z_Q2SQZTXA5qxCHxV-SAaQx8l5IjevbkA/viewform).

 

Programa de Pós-Graduação em Informática forma o 100º doutor

Programa de Pós-Graduação em Informática forma o 100º doutor

 

Na última quarta-feira (21) foi defendida a 100ª tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGInf), pelo aluno Evandro Miguel Kuszera, com a dissertação sobre a transformação de dados entre bases relacionais e bases NoSQL, orientado pela professora Letícia Mara Peres, 1ª doutora formada pelo PPGInf, e co-orientado pelo professor Marcos Del Fabro Didonet.

 

O Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGInf) do Departamento de Informática iniciou em 1996, mas o curso de Doutorado começou em 2008. Atualmente, o PPGInf conta com mais de 200 alunos matriculados e 40 professores, sendo 37 permanentes e 3 colaboradores. A professora Letícia Peres, orientadora e primeira doutora formada pelo PPGInf, reconhece que a 100ª tese é um marco e um momento de reflexão: “orgulho de pertencer a um grupo de professores dedicados em construir um programa de pós-graduação de excelência e ainda assim comprometido com o desenvolvimento social, não esquecendo o desenvolvimento regional.”

 

Para Evandro Kuszera foram quatro anos de pesquisa, testes, análises, escrita de artigos e da tese: “Os sentimentos são múltiplos! Um misto de dever cumprido e gratidão! Gratidão pelo suporte recebido pela família, orientadores, professores e demais colegas durante toda a caminhada. Ser o 100º doutor do PPGInf é uma honra e responsabilidade”, conta.

 

Professor do Curso de Engenharia de Software da UTFPR, Campus Dois Vizinhos, Kuszera ingressou no programa em 2016, fruto de um convênio entre o PPGInf e a UTFPR, Campi Pato Branco e Dois Vizinhos, e teve aulas divididas entre as cidades: “acredito que a maior dificuldade nesse período foi gerenciar a relação entre carga de trabalho, família e equilíbrio emocional. Mas o aprendizado valeu todo o esforço, muito conhecimento e novas habilidades foram adquiridas durante o percurso”, afirma.

 

“O marco da 100ª defesa de doutorado reflete o forte crescimento do programa, resultado do amadurecimento do seu corpo docente, discente e da produção intelectual, tanto nacional quanto internacional, bem como da sua inserção e importância social,” comenta o professor do Departamento de Informática e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Informática,  Luis Carlos Erpen de Bona. Para ele, o PPGInf tem sido diferencial na formação com egressos atuando em Universidades do Paraná e de outros estados, no exterior, em órgãos governamentais e empresas de tecnologia. 

 

Nesses 24 anos de PPGInf, o programa tem se desenvolvido e tem como característica chave a diversidade em grupos de pesquisa e áreas de atuação, distribuídas em três grandes linhas de pesquisa: Inteligência Computacional, Tecnologia da Informação, e Redes e Sistemas Distribuídos. Peres analisa que tanto o PPGInf quanto o Departamento de Informática seguem a vocação do desenvolvimento social, regional e nacional, baseado na excelência do trabalho colaborativo: “temos seguido o caminho dessa vocação e o nosso programa tem acompanhado o rápido desenvolvimento da área da Computação, com diversidade nas pesquisas, nos grupos e docentes que cobrem praticamente todas as áreas e conduzem pesquisas teóricas e aplicadas com contribuição social.”

 

A área da Computação é um dos pilares do desenvolvimento e está sempre em evolução, com o aparecimento de novas técnicas. Bona ressalta que o PPGInf tem capacidade em contribuir ao desenvolvimento científico e tecnológico nacional: “o PPGInf tem a experiência de tratar de problemas reais e em larga escala da sociedade brasileira em vários projetos realizados em conjunto com seus ministérios e em redes de parcerias. Alguns dos projetos conduzidos pelos grupos do PPGInf beneficiam milhões de pessoas no contexto de educação, cidades inteligentes e software livre”.

Setor de Ciências Exatas divulga Portaria Nº46/2020 para eleições

Setor de Ciências Exatas divulga Portaria  Nº46/2020 para eleições

 

 

Estão abertas as inscrições para as eleições do Setor de Ciências Exatas.  As eleições são para:

Direção e vice-direção do Setor

Chefia do Departamento de Estatística;

Chefia do Departamento de Informática;

Coordenação do Curso de Ciência da Computação;

Coordenação do Curso de Informática Biomédica;

Coordenação do Curso de Estatística;

Coordenação do Curso de Matemática Industrial.

 

Data das inscrições: 09/11/2020 até 13/11/2020

Data da homologação das inscrições: 16/11/2020

Data da eleição: 08/12/2020

 

 

Maiores informações estão disponíveis nos documentos abaixo:

Portaria Nº46-2020.

Edital Convocação Eleições

Resolução 04/2020 – Chefias e Coordenações

Resoluçao 05/2020 – Direção e vice-direção

Programa de Pós-Graduação em Matemática realiza o seminário contínuo “Lições que o Atendimento ao Paciente Covid nos Trouxe – Visão do Médico Pneumologista”

Programa de Pós-Graduação em Matemática realiza o seminário contínuo “Lições que o Atendimento ao Paciente Covid nos Trouxe – Visão do Médico Pneumologista”

 

O Programa de Pós-Graduação em Matemática oferta nesta sexta-feira, 23 de outubro às 16 horas, a palestra “Lições que o Atendimento ao Paciente Covid nos Trouxe – Visão do Médico Pneumologista”, mais um evento do seminário contínuo. A palestrante é a Professora Dra. Leda Maria Rabelo, do Departamento de Clínica Médica do Setor de Ciências da Saúde da UFPR. 

 

O evento será realizado na plataforma Teams, através do canal dos Seminários Contínuos, pelo link https://teams.microsoft.com/l/channel/19%3ad368c5d6861e455a99b411df62ff6a29%40thread.tacv2/Semin%25C3%25A1rios%2520Cont%25C3%25ADnuos%2520PPGM?groupId=30cdb35d-39cc-4963-ad63-c669e9c1d4a6&tenantId=c37b37a3-e9e2-42f9-bc67-4b9b738e1df0

Solicita-se que ao ingressar, desligar a câmera e silenciar o microfone. Ligar apenas quando for fazer uma pergunta.

 

O seminário é aberto a toda a comunidade e as inscrições para externos ao PPGM devem ser realizadas com até três horas de antecedência através do formulário (https://forms.gle/TEBNMXnoANp78HVa8). A inscrição permite a participação em todos os seminários contínuos realizados pelo PPGM, desse modo não é necessária uma nova inscrição a cada seminário.  

 

Para mais informações sobre os próximos eventos e sobre os seminários contínuos, acesse: http://www.mat.ufpr.br/ppgma/eventos/palestras_ppgma.html

 

Professoras do Setor de Exatas lançam livro de passatempos sobre educação ambiental e mulheres cientistas

Professoras do Setor de Exatas lançam livro de passatempos sobre educação ambiental e mulheres cientistas

 

“Brincando e Aprendendo sobre o meio ambiente” é um livro de passatempos focado na educação ambiental e nas mulheres cientistas voltado para crianças nos anos iniciais do ensino fundamental. O objetivo é sensibilizar sobre a preservação ambiental, assim como dar visibilidade à mulheres cientistas que trabalham com o meio ambiente. Ele é resultado da parceria entre os projetos “Meninas e Mulheres nas Ciências” e “Educação ambiental: um caminho para a sustentabilidade”. O livro está disponível gratuitamente. 

 

No livro, são encontrados atividades lúdicas, como caça-palavras, desenhos de colorir, palavras cruzadas e jogos do sete erros. “O intuito é dar divulgação científica na perspectiva da educação ambiental, então ao fazer as atividades as crianças tomem contato com informações, numa linguagem bastante acessível sobre a preservação do meio ambiente, considerando o que a gente defende no material, que é uma educação para o desenvolvimento sustentável”, explica a professora do Departamento de Química e uma das idealizadoras, Camila Silveira. 

 

Segundo a professora Glaucia Pantano, do Departamento de Química e idealizadora do livro, os seres humanos dependem da natureza e a Educação Ambiental é uma das ferramentas para conscientizar sobre a importância do meio ambiente: “as diferentes atividades propostas no livro abordam temáticas relacionadas à resíduos que podem ou não ser reciclados, ações que compõem os 5 Rs, importância do plantio de árvores, importância de manter animais silvestres livre nos ambientes naturais, animais domésticos e ações que provocam desequilíbrio ambiental”, comenta. Além disso, importantes nomes de mulheres cientistas que trabalham com o meio ambiente aparecem, como a pesquisadora Graziela Maciel Barroso, conhecida com a “Primeira Dama da Botânica no Brasil”. 

 

 

Capa do livro “Brincando e Aprendendo sobre o meio ambiente”. (Foto: Blog Meninas e Mulheres nas Ciências/ reprodução)

 

O livro segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, que fazem parte de uma agenda global que contempla 17 objetivos e 169 metas que almejam a construção de um mundo mais sustentável, próspero, igualitário e justo até 2030: “este livro de passatempos visa contribuir de forma geral com os ODS 4, 5 e 6, e especificamente com o 15, que abrange a temática proteção, recuperação e promoção do uso sustentável dos ecossistemas”, complementa Pantano.

 

Participaram da produção do livro as professoras do Departamento de Química, Glaucia Pantano, coordenadora do projeto “Educação ambiental: um caminho para a sustentabilidade”, e Camila Silveira, coordenadora “Meninas e Mulheres nas Ciências”. As ilustrações foram feitas pela mestranda do Programa de Pós-graduação em Química, Amanda Ribeiro da Rocha, e as atividades pelos alunos de graduação do Curso de Química, Maria Eduarda Cavali Vieira, Lyvia Quevedo Bobadilha e Elibelto de Almeida Domingues.

 

Central Analítica do Departamento de Química oferece análises química e física para comunidade interna e externa à UFPR

Central Analítica do Departamento de Química oferece análises química e física para comunidade interna e externa à UFPR

 

Em funcionamento desde 2015, a Central Analítica (CA) do Departamento de Química é um laboratório multiusuário, uma unidade auxiliar do Setor de Ciências Exatas. O objetivo é oferecer serviços de análise química e física para a comunidade interna da UFPR e externa. A formalização do projeto contou com o apoio da Secretaria de Projetos do Setor de Ciências Exatas na composição da proposta de trabalho, na instrução processual e orientando a Central Analítica quanto aos trâmites burocráticos.

 

“A principal motivação para sua criação é a aproximação da capacidade que a Universidade reúne, tanto de recursos humanos quanto instrumentais, às demandas em análises físicas e químicas”, explica a professora do Departamento de Química e coordenadora da CA, Caroline D’Oca. As áreas de atuação são análise ambiental, materiais, alimentos e bebidas, medicamentos e cosméticos. Atualmente, a CA possui 33 equipamentos, que podem ser encontrados no site do projeto ou no site do Setor de Exatas, Vitrine Tecnológica. 

 

A FUNPAR foi contratada para realizar a gestão administrativa, financeira e operacional do projeto: “além de otimizar a gestão do projeto, a contratação da FUNPAR traz facilidades para aqueles que buscam pelos serviços da CA-DQUI, como a possibilidade de pagamento por boleto e a emissão de notas fiscais”, explica Carla Marcondes, da Secretaria de Projetos do Setor de Ciências Exatas. Com o convênio, o número de solicitações aumentou e até agora já foram mais de 200: “envolvem desde análises físicas simples, análises quali e quantitativas de metais, análises colorimétricas e análises por RMN”, comenta D’Oca.

 

De acordo com Marcondes, o projeto Programa de Consolidação e Certificação da Central Analítica tem como principal objetivo consolidação de um laboratório multiusuário de excelência, através do processo de certificação laboratorial ISO17025. 

 

O regimento interno foi aprovado em setembro de 2019, o que permitiu uma organização estrutural. A Central Analítica é composta um Comitê Técnico Científico, com docentes responsáveis pela elaboração dos orçamentos, discussão das metodologias e acompanhamento das análises, além da responsabilidade técnica por um equipamento. A partir deste comitê, constitui-se o Comitê Gestor, responsável pelo recebimento das demandas, envio para os usuários e acompanhamento de todo processo de recebimento de amostras até a liberação dos resultados.

 

Os orçamentos levam em conta a Resolução 31/17 do COPLAD, que diferencia o valor de cada experimento de acordo com o equipamento envolvido, sua depreciação ao longo do uso, a hora técnica dedicada e a hora do pesquisador necessária para interpretação do resultado, quando aplicável. “Cabe destacar que todo recurso arrecadado é dedicado exclusivamente para a manutenção dos equipamentos, reposição de insumos e modernização de acessórios necessários para manter o pleno funcionamento da infraestrutura Analítica”, aponta D’Oca. 

 

Para solicitar os serviços de análises da Central Analítica, os interessados devem entrar em contato pelo email: cadqui@ufpr.br.

Professores do Departamento de Estatística criam projeto institucional para as aulas remotas

Professores do Departamento de Estatística criam projeto institucional para as aulas remotas

 

Professores do Departamento de Estatística se reuniram para criar um plano para ofertar aulas padronizadas durante os ciclos do Período Especial. A ideia foi ofertar de maneira transversal disciplinas de estatística básica para 20 cursos da graduação. Foram gravados vídeos, criadas listas de exercícios, resoluções das listas e provas aleatorizadas, além da padronização da plataforma Moodle e encontros síncronos para os alunos tirarem dúvidas.

 

Participaram da iniciativa os professores: Bruno Grimaldo Churata, César Augusto Taconelli, Eduardo Vargas Ferreira, Eliane Maria Winter, Fernanda Bührer Rizzato, Fernando de Pol Mayer, José Luiz Padilha da Silva, Luan Demarco Fiorentin, Nivea da Silva Machado, Paulo Justiniano, Silvia Shimakura, Wagner Hugo Bonat e Walmes Marques Zeviani. Destes, 10 tiveram turmas atribuídas de um ou mais cursos. 

 

Segundo o professor do Departamento de Estatística, Walmes Marques Zeviani, o projeto surgiu como um modo de concentrar esforços para ter uma oferta padronizada: “se a gente optasse pelas iniciativas individualizadas, a gente teria um trabalho redundante entre os professores, de dar sempre as mesmas aulas e  muitas vezes desuniforme e além disto o número de possível de ofertas seria certamente menor”.

 

O projeto contou com aulas gravadas, seguindo um layout padrão, com slides seguindo o mesmo template. Os vídeos foram gravados na sala nº 201 de reuniões do Departamento de Estatística, em um estúdio improvisado, batizado de “Estúdio 201”. Zeviani explica que foi necessário investimento financeiro e de tempo para a produção: “a gente usou dinheiro próprio para comprar equipamentos que a gente não tinha, como o pano de Chroma Key (o pano verde para sair transparente atrás do professor), o microfone de lapela de qualidade, o teleprompter, além disso a gente está usando material pessoal, como  webcams e notebooks.” 

 

 

E também, foram necessários investimentos em cursos online de produção e edição de vídeo e preparação: “a gente teve que se aperfeiçoar, se aparelhar em termos de infraestrutura e fazer o treinamento interno para que as coisas saíssem satisfatoriamente padronizadas”, comenta Zeviani. No total, foram 45 vídeos, mais de 17 horas de conteúdo gravados com exposição teórica e solução de exercícios. 

 

Os vídeos foram hospedados no canal do YouTube e no portal Cursos Abertos, com a intenção de deixar com caráter ainda mais institucional os vídeos. 

 

Além disso, foram feitos trabalhos no Moodle, com unidades didáticas divididas para os alunos. Os professores desenvolveram uma interface que possibilita fazer as avaliações de modo aleatorizado, ou seja, os alunos não recebiam a mesma prova. “A gente desenvolveu uma interface para que os professores pudessem fazer naquele ambiente as questões e depois a gente pudesse subir para o Moodle para que a prova encorajasse os alunos a aprenderem mais, a se sentirem mais desafiados do que uma prova igual para todo mundo, que pode acabar levando a posturas não construtivas perante a avaliação ”, fala Zeviani. 

 

Foram cerca de 500 alunos matriculados que tiveram aulas com esse projeto e Zeviani conta que o retorno dos alunos foi muito positivo. Eles tiveram bastante conteúdo e ainda contato com os professores, através de fóruns e as aulas síncronas, não deixando de lado o componente e contato humano durante o ensino remoto. Segundo ele, esse estilo de aula possibilitou o uso de mais recursos que presencialmente não seriam possíveis serem utilizados. Ele pode mostrar aos alunos os recursos de softwares, como planilhas eletrônicas para fazer contas, aplicações web e linguagens de programação: “eu podia mostrar conteúdo online e recursos web durante a aula e o vídeo fica gravado para o aluno assistir depois”. 

 

Os professores estão com planos de continuar com esse projeto de aulas, com alguns aprimoramentos baseados na experiência inicial. 

 

Além disso, os professores estão à disposição para conversar e prestar orientação a quem tiver interesse. Para visitas ao “Estúdio 201”, é preciso entrar em contato com os professores e agendar. 

Programa de Pós-Graduação em Física do Setor de Ciências Exatas oferta minicurso “Espectroscopia Ultrarrápida”

Programa de Pós-Graduação em Física do Setor de Ciências Exatas oferta minicurso “Espectroscopia Ultrarrápida”

 

O Programa de Pós-Graduação em Física oferta entre os dias 20 a  23 de outubro o minicurso “Espectroscopia Ultrarrápida”, que será administrado ministrado pelo Dr. Franco Valduga de Almeida Camargo, Pós-Doutorado pelo Politécnico di Milano (Milão, Itália) e atualmente como pesquisador no Istituto di Fotonica e Nanotecnologie (CNR-IFN).

 

O evento acontecerá pela plataforma Microsoft Teams, assim para participar é necessário ter uma conta na plataforma para posterior adesão à turma. Serão abordados os seguintes assuntos: Geração de Pulsos Ultracurtos, Caracterização (FROG, SPIDER, etc) de Pulsos Ultracurtos, Experimentos de Espectroscopia Ultrarrápida (pump-probe, time resolved fluorescence, 2D spec), Teoria por Trás dos Experimentos e Aplicações. As aulas serão em português. Para receber a certificação do minicurso será necessário ter concluído pelo menos 75% da carga-horária total.

 

Horário das aulas: 20/10/2020 a 23/10/2020, das 13h30min às 17h30min (até às 16h30min no último dia).

 

As inscrições vão até o dia 16 de outubro. Os interessados externos ao PPGF deverão preencher o formulário de inscrição e o Requerimento de Matrícula de Disciplina isolada, no seguinte endereço http://fisica.ufpr.br/posgrad. E enviar por email para posgrad@fisica.ufpr.br ou leandrocf@fisica.ufpr.br até o dia 16 de outubro de 2020.

 

Os discentes do PPGF deverão preencher o formulário de matrícula e se inscrever pela plataforma SIGA. 

 

Link do formulário de matrícula: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScOa6yGXrz9X00qBPqa5f-HJknH4QOUSq-0LoQY1a9QLWIZiw/viewform

 

 

 

 

 

Período Especial: veja como cada curso da graduação do Setor de Ciências Exatas enfrentou o ensino remoto

Período Especial: veja como cada curso da graduação do Setor de Ciências Exatas enfrentou o ensino remoto

 

O Período Especial, que foi aprovado em 19 de junho na Resolução 59/20 e iniciou em 13 de julho, está em reta final. Segundo dados de uma pesquisa realizada pela UFPR, as aulas na graduação atenderam 70% dos alunos. E segundo a Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional (Prograd), as matrículas nos três primeiros ciclos do período especial cobriram, em média, cerca de 35% das matrículas nas disciplinas do primeiro semestre de 2020. Professores do Setor de Ciências Exatas relataram as principais dificuldades e o como foi o andamento das disciplinas no modo de ensino remoto. 

 

Os desafios mais mencionados foram de adaptação em relação aos novos  recursos tecnológicos nas disciplinas, além da falta de contato direto com os alunos. Muitos professores participaram dos cursos oferecidos pela Coordenadoria de Integração de Políticas de Educação a Distância (CIPEAD) e  Unidade de Capacitação e Qualificação da UFPR. Além disso, a interação com o aluno também foi um fator preocupante para os professores.

 

Cada curso passou por sua própria experiência em relação ao Período Especial, veja como foi para cada um:

 

Curso de Matemática

Segundo a coordenadora do curso, Ximena Mujica, o Período Especial foi um grande desafio, tanto para docentes quanto para alunos, pois exigiu muitas horas de dedicação: “tanto por ter que preparar materiais para as plataformas virtuais, o que demanda mais tempo do que o preparo de aulas presenciais, quanto pela novidade de trabalhar num formato distinto daquele com o que se estava habituado”, comenta. A maioria dos docentes optou por aulas assíncronas e por disponibilizar materiais nas plataformas, o que requer um pouco mais de trabalho.

 

Para o professor Lucas Pedroso, aprender a trabalhar com as limitações do ensino remoto foi muito desafiador: “dominar as ferramentas tem sido um processo contínuo, e certamente em um eventual semestre remoto decisões diferentes serão tomadas com respeito à escolha das plataformas para as atividades síncronas, critérios de avaliação, conteúdo programático, entre outros aspectos”. Ele ainda ressalta que a união dos professores em se ajudar foi fundamental. 

 

Outra dificuldade foi avaliar o rendimento e o interesse da turma, já que o feedback visual foi perdido: “há muito o que se refletir sobre como fazer com que a experiência seja o mais proveitosa possível para o aluno”, fala Pedroso.

 

No curso de Matemática, dos oito departamentos que o atendem, seis ofertaram disciplinas. A adesão inicial dos alunos foi de 74%, mas um mês depois do início das aulas caiu para 65%. Mujica explica que essa queda está relacionada ao fato de que muitos alunos não souberam mensurar a carga de trabalho e que optaram por cancelar alguma disciplina. Mas mesmo com a queda, o número de estudantes superou as expectativas. 

 

A professora Maria Eugênia Martin fala que as dificuldades foram variadas: “desde a falta de equipamento como um bom microfone ou uma mesa digitalizadora até a falta de conhecimentos sobre o funcionamento de aplicativos, salas de aulas virtuais e as diferentes opções de ferramentas disponíveis para o ensino não presencial”. 

 

Além disso, a falta do contato com os alunos, já que muitos não ligavam as câmeras, também foi sentida. Foram necessárias muitas adaptações: “nós tivemos que repensar nosso planejamento das aulas, não é o mesmo planejar uma aula presencial que uma vídeoaula. Além disso, o trabalho foi duplicado ou triplicado ao ter que gravar e editar as aulas. Com certeza foi produtivo do ponto de vista de tudo o que aprendemos sobre o uso de tecnologías, explica Martin.

 

“Não podemos avaliar o PE da mesma forma que medimos semestres de até ano passado. Eu arrisco dizer  que as expectativas foram superadas. Ainda teremos que esperar para saber o aproveitamento nas disciplinas. Se isso  chegar  perto do  que ocorre  em semestres comuns, certamente terá sido uma boa experiência”, comenta Mujica.

 

Curso de Expressão Gráfica

De acordo com a coordenadora do curso, Arabella Galvão, o comprometimento dos alunos e professores com o ensino remoto foi excelente e o resultado foi positivo: “eu achei o comprometimento dos alunos excelente, na maioria, realmente estavam dispostos a estudar, por isso tivemos baixos índices de reprovação”.

 

A coordenação do curso desenvolveu um questionário para os alunos que participaram do Período Especial responderem. A maioria dos alunos aprovaram e aprenderam com as aulas. Em questão a organização e a facilidade de estudo dos próprios alunos, houve uma necessidade de adaptação, já que muitos não tiveram aulas remotas antes. “Podemos inferir que os professores que se dispuseram a trabalhar no ERE fizeram um ótimo trabalho, pois os alunos, mesmo sem experiência anterior com o ensino remoto, puderam efetivamente aprender os conteúdos propostos”, destaca Galvão. 

 

No total, participaram 119 alunos e seis professores. Foram poucas disciplinas ofertadas pois poucos professores aderiram ao Período Especial. E além disso, foram escolhidas matérias que resolveriam problemas, já que o curso está em transição de currículos.

 

A professora Isabella de Souza Sierra conta que encarou o ensino remoto sem expectativa e como um período de experiência. Para ela foram duas dificuldades principais: capacidade computacional e de softwares, já que muitos utilizavam os computadores dos laboratórios; e traduzir as aulas práticas no ensino a distância: “para resolver esses problemas, foi bastante criatividade, um pouco de concessões, então algumas coisas que realmente não tem como fazer foram deixadas para uma situação no momento em que as aulas retornem.” Além disso, materiais e tutoriais dispostos na internet ajudaram em exemplificar nas aulas.

 

“Eu acho que foi interessante pela questão que obrigou a gente a pensar em soluções para problemas que a gente não sabia que iria ter e também nessa integração com o virtual que já tava na hora da gente fazer”, fala Sierra. Assim, para ela, o Período Especial ajudou na necessidade de fazer alguma coisa dentro do contexto de quarentena. Ela também conta que notou os alunos sentem muita diferença entre o presencial e o virtual.

 

Essa diferença também foi percebida pelo professor Anderson Teixeira Goés. Para ele, uma das principais dificuldades foram em relação ao aluno lidar com a autonomia que receberam, especialmente no começo. “A dificuldade era deles conseguirem se encaixar nessa forma de ensino. De eles terem essa rotina, de eles terem esse compromisso de saber que naquele dia, naquele horário que eles tinham se programado, eles tinham que fazer a atividade. Porque é bem diferente eles virem para a sala de aula, naquele horário definido na semana.”, informa Goés.

 

Góes utilizou diversos recursos educacionais para facilitar o ensino remoto: “desde questionários online, que eles tinham que responder, teve um recurso educacional que eu utilizei que eles faziam um mural virtual, fóruns, textos colaborativos”. Além disso, gravou algumas aulas para a disciplina. “Essas dificuldades foram contornadas dessa forma e os alunos disseram que foi realmente produtivo e que eu posso estar trabalhando dessa forma com as demais turmas”, conta.

 

Curso de Física

Para a coordenadora, Camilla de Oliveira, o Período Especial foi um momento de aprendizado para os próximos passos: “o Ensino Remoto Emergencial permitiu que nos familiarizarmos com as ferramentas disponíveis e com essa nova dinâmica de ensino e convívio docente-discente”. 

 

A coordenação do curso abriu 17 turmas, sendo 12 ofertadas pelo Departamento de Física. Foram 321 vagas ofertadas pela Coordenação e 228 alunos atendidos e alunas atendidas com pelo menos 1 matrícula, e  vários alunos fizeram matrícula em mais de uma disciplina.

 

O curso iniciou o Período Remoto sem ter muita expectativa, mas resultaram surpresas agradáveis: “como a adesão dos e das estudantes e de alguns e algumas docentes, que se dedicaram ministrando aulas síncronas com uma grande carga horária semanal e assíncronas com uma grande variedade de avaliações e ferramentas, para permitir a melhor experiência de aprendizado para os alunos e as alunas”, comenta de Oliveira.

 

Para a professora Alessandra Barbosa ministrar as disciplinas em um tempo menor de maneira remota foi desafiador tanto para docentes quanto alunos. Foram diversas as dificuldades, desde a preparação do curso, pensando no formato e nas avaliações, até a concretização, passando por instabilidade da rede, UFPR Virtual fora do ar em algumas situações, dificuldades em lidar com as plataformas digitais, entre outras. “Embora eu já tivesse ministrado os cursos antes, regular e presencialmente, foi preciso adequá-los para as aulas remotas, precisei preparar apresentações com as aulas, comprar uma mesa digitalizadora, entre outras”.

 

Barbosa relata que os alunos sentiram muito com a intensidade do período, já que os ciclos foram semanas e não um semestre: “os alunos e as alunas das duas disciplinas relataram que o curso foi muito denso. E isso foi um fator dificultador, em particular para aquelas e aquelas que trabalham”. 

 

O professor Márcio Bettega teve uma experiência um pouco diferente, já que os alunos eram do último ano do curso e por ser um turma pequena: dos oito alunos matriculados, apenas quatro cursaram: “como Mecânica Quântica II é uma disciplina de último período, os estudantes já têm uma certa maturidade para o estudo individual, o que ajudou bastante no andamento do curso”.

 

As aulas foram síncronas, através da plataforma Teams, com uso de slides e mesa digitalizadora. “Houve pouco tempo para o preparo da disciplina, digitar as notas de aula, aprender a usar a plataforma, mas de maneira geral, eu gostei da experiência e pretendo repetir caso haja novo período especial”, comenta Bettega.

 

Curso de Química

Segundo a coordenadora, Andrea de Oliveira, o Período Especial foi positivo e muito produtivo, tanto para alunos quanto para os professores. “Há relatos de professores que os alunos em algumas disciplinas tiveram um desempenho melhor do que quando na modalidade presencial”, comenta. As disciplinas de seminários são um exemplo desse maior comprometimento do alunos.

 

Seriam duas as principais dificuldades encontradas no ensino remoto: adaptação às plataformas virtuais, pelos professores e pelos alunos; e o número de vagas ofertados em cada disciplina. Oliveira explica que muitos professores sentiram uma certa resistência em aderir ao Período Especial, assim como houve aqueles que estavam impossibilitados de dar aulas, já que ministram aulas práticas. Mas a expectativa é de que em um novo ciclo, mais professores ofereçam disciplinas. “ de uma certa forma, eu vejo um balanço bastante significativo para o curso de Química, nos ofertamos em torno de 50% das nossas disciplinas”, explica Oliveira

 

Para o professor Daniel Rampon, as dificuldades podem ser divididas em duas categorias, operacionais e didáticas. Em relação as de origem operacional, é a falta de uma plataforma unificada para o ensino remoto, instabilidade de conexão de internet, necessidade de aprender novos recursos tecnológicos: “o ensino remoto nos estimulou a usar mais recursos tecnológicos diversos para o ensino, no entanto, isso exige uma curva de aprendizado por parte do docente, como também o auto aprendizado do professor de diversos softwares e sistemas novos”.

 

Já as dificuldades didáticas, Rampon elenca o contato direto entre professor e aluno e as aulas experimentais: “investimos muito tempo no uso de ferramentas que compensem essa distância. Por exemplo, a utilização de listas de exercícios e correções dessas listas de forma remota foi intensa, exigindo muito do professor e estudante. A realização dos experimentos pelos alunos não é substituída somente com a visualização de um experimento na tela do computador. O contato direto com os equipamentos, vidrarias e reagentes é insubstituível”.

 

No curso de Química, 81% dos alunos aderiram ao Período Especial.

 

Curso de Ciência da Computação

A maioria das turmas abertas foram pequenas, já que os professores precisavam aprender a utilizar as ferramentas virtuais. Foram 25 turmas nos três ciclos e 21 professores, dos Departamentos de Informática, Estatística e Matemática. E o curso de Ciência da Computação teve o total de 472 matrículas.

 

Segundo o coordenador, Luiz Carlos Albini, a principal dificuldade para os professores foi a forma de avaliação, já que o ensino remoto requer adaptação. Já em relação aos alunos, eles preferiam quando as aulas eram gravadas e em vídeos menores, pois permitem um tempo maior para se dedicarem. “O que toma mais tempo é a preparação e gravação das aulas, bem com a correção dos trabalho, pois estou passando muito mais exercícios para avaliar os alunos. Já cheguei a gastar mais de 2 horas para conseguir gravar uma aula de 20-30 minutos”, comenta Albini.

 

Curso de Estatística

Para o coordenador, César Taconelli, o ensino remoto precisou que professores e aluno se adaptarem ao estilo, mas houve uma avaliação positiva: “todos procuraram fazer o seu melhor e eu acho que o saldo disso, dada a situação atual, é bastante positivo”.

 

No curso de Estatística, entre 8 e 10 professores ofertaram disciplinas no Período Especial, dos departamentos de Estatística, Matemática e Informática. E a maior parte dos alunos pode se matricular em pelo menos uma disciplina.

 

As principais dificuldades foram de adaptação. “Os professores tiveram que desenvolver novas habilidades, novas formas de técnica de ensino, serviu também para que nós pudéssemos aprender novas ferramentas, e novos recursos que já estavam disponíveis anteriormente, mas subutilizados na oferta presencial das disciplinas”, explica Taconelli.

 

Curso de Matemática Industrial

Segundo o coordenador, Manuel Barreda, professores e alunos que aderiram ao Período Especial, se empenharam para fazer funcionar. Participaram 12 professores e 53 alunos. Mas esperava-se um número maior de alunos em algumas disciplinas.

 

Entre as dificuldades, Barreda comenta que para os alunos, foram as cargas horárias das disciplinas: “em função dos horários propostos para as disciplinas em período especial e pela limitação da carga horária (180h), alguns alunos tiveram que cancelar sua matrícula”. Já em relação aos professores, nenhum relatou nenhuma grande dificuldade.

Centro de Ciências Forenses realiza evento de lançamento com palestras

Centro de Ciências Forenses realiza evento de lançamento com palestras

 

Nesta quarta-feira (23), o Centro de Ciências Forense realiza seu evento de inauguração, “Ciências Forenses em ação”.  A cerimônia ocorre de maneira online. O objetivo da cerimônia é lançar o CCF, apresentar o projeto e discutir a área das ciências forenses. Participaram da abertura cerca de 145 pessoas.  

 

A programação é dividida no período da manhã e da tarde. São palestras com convidados da Polícia Científica do Paraná, da Friedrich-Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg, do Student Chapter de Geologia Forense e do Comitê Gestor do Centro de Ciências Forenses. 

 

O evento iniciou com a solenidade de abertura. Estavam presentes na mesa oficial a Vice-Reitora da Universidade Federal do Paraná, a Graciela Bolzón de Muniz; o diretor do Setor de Ciências Exatas, Marcos Sunye; o Diretor Geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki; o Perito Criminal Federal, Fábio Augusto da Silva Salvador; e a Coordenadora do Centro de Ciências Forenses da UFPR, Caroline Da Ros Montes D’Oca. 

 

As falas giraram em torno da importância da criação do Centro de Ciências Forenses para a Universidade, para o desenvolvimento científico e para a segurança pública.

 

O Centro de Ciências Forenses é pioneiro e tem como meta a formação de recursos humanos altamente qualificados, a inserção de ferramentas modernas e de alta tecnologia na investigação forense, além da difusão de conhecimento na área: “contribuir para o atendimento às demandas da sociedade brasileira, principalmente por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área forense em projetos de colaboração entre a Universidade e os órgãos de fiscalização e controle”, explica a professora Anelize Rumbelsperger, uma das coordenadoras do CCF. 

 

Para conferir a programação e participar do evento entre no site: https://ccf.c3sl.ufpr.br/index.php/eventos/

Portal Cursos Abertos oferece conteúdo para comunidade interna da UFPR e externa

Portal Cursos Abertos oferece conteúdo para comunidade interna da UFPR e externa

 

O Cursos Abertos foi criado em 2015, quando o Setor de Ciências Exatas adquiriu câmeras filmadoras profissionais e incentivou os professores gravar as aulas para disponibilizar para a comunidade. O portal surgiu inspirado no movimento de cursos abertos massivos de outras universidades, com a intenção de disponibilizar material para a sociedade, por isso o nome de cursos abertos. Ele é mantido pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL).

 

Com a oferta das disciplinas do Período Especial, professores estão disponibilizando as aulas gravadas no portal, especialmente os Departamentos de Estatística e de Informática. Mas qualquer um docente interessado em divulgar seus conteúdos pode utilizar a plataforma. 

 

                                                (Página inicial do portal Cursos Abertos. Foto: divulgação)

 

O objetivo é ofertar qualquer produção institucional, seja de caráter de divulgação educacional, científica ou de extensão. “A plataforma não serve apenas como maneira dos alunos assistirem aulas que perderam ou reforçar conteúdos, mas também como forma de oferecer conhecimento para toda sociedade, como cursos curtos de tópicos que acham relevantes, palestras e seminários”, explica o professor Luis de Bona, do Departamento de Informática e do C3SL.

 

O portal é uma iniciativa de aumentar a produção institucional e a visibilidade da Universidade: “um dos critérios de qualidade de uma instituição é a quantidade de dados que ela oferece para a comunidade. A UFPR está bem neste ranking, mas já foi melhor”, comenta o professor Marcos Castilho, do Departamento de Informática e do C3SL. Ele permite fácil acesso aos vídeos e um modo simples de divulgar o conteúdo.

 

                       (Vídeo publicado na plataforma pelo professor Marcos Castilho. Foto: divulgação)

 

Professores interessados em publicar os vídeos no Cursos Abertos devem entrar em contato com o C3SL pelo email: contato@c3sl.ufpr.br