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Brincando de Matemático leva alunos de Ensino Médio para dentro das salas de aula do Setor de Exatas da UFPR

 

Cerca de 40 estudantes participaram do primeiro dia do Brincando de Matemático (Foto: Gustavo Sarturi)


Começou na manhã de hoje (17/07) a 14ª edição do Brincando de Matemático, atividade coordenada pelo Programa de Educação Tutorial – o PET Matemática, em parceria com o Departamento de Matemática da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O evento vai até sexta-feira (20) e promove aulas de matemática, de forma acessível, para estudantes do Ensino Médio.
 
O tema do Brincando de Matemático deste ano é “Teoria dos Grafos”, assunto que não é ensinado nas aulas de matemática oferecidas durante o Ensino Médio. Participaram deste primeiro dia de evento cerca de 40 estudantes. Durante quatro dias, os participantes aprenderão os conceitos mais avançados da matemática, de maneira interessante e também lúdica.
 
Para o tutor do PET Matemática, José Carlos Eidam, o Brincando de Matemático é uma oportunidade em que tanto a universidade – por meio dos alunos que participam do PET Matemática – quanto estudantes do Ensino Médio saem ganhando. “Essa é uma ferramenta importante para divulgar o ensino de matemática, de maneira acessível, para alunos que ainda não entraram na universidade, mas têm interesse pela nossa área de conhecimento”, relata.
 
São os estudantes de graduação e integrantes do PET Matemática que ministram as aulas durante os quatro dias de atividade. Ao fim de cada manhã acontece uma brincadeira que relaciona os conceitos ensinados durante o dia. Gincana, mímica, caça ao tesouro ou um desafio de trilha, que tem o objetivo de encontrar o menor caminho para chegar até o ponto final usando a teoria da aula. Esses são exemplos de atividades que serão aplicadas com os participantes.
 
Contato com a UFPR antes de entrar na universidade
 
Embora o público-alvo do Brincando de Matemático seja alunos de Ensino Médio, segundo o estudante do 6º período do Bacharelado em Matemática e integrante do PET Matemática, João Lubanco, também participam alunos de Ensino Fundamental e por vezes até universitários. Para ele o objetivo do evento é mostrar, principalmente ao jovem que ainda não entrou na universidade, temas que um matemático estuda. “É comum uma pessoa gostar de matemática, mas acabar indo para a área de Engenharia, por exemplo. Nesse evento, o fundamental é mostrar os caminhos da matemática ou o que um matemático faz”, conta Lubanco.
 
Eduardo Fortes é estudante do 1º ano do Ensino Médio e participa pela segunda vez do Brincando de Matemático. Ele também frequenta as aulas do Polo Olímpico de Treinamento Intensivo da Matemática (POTI), do Departamento de Matemática da UFPR. Estar pela segunda vez no Brincando de Matemático significa abrir horizontes além das aulas que ele tem em seu colégio. “Acho interessante, pois o tema é um assunto que nunca será abordado na escola, e às vezes, são assuntos que podem cair nas Olimpíadas. Eu quero fazer ITA [Instituto Tecnológico da Aeronáutica], e participar significa me preparar”.
 
João Lubanco conta que já houve vezes que um aluno participou da atividade e no ano seguinte passou no vestibular para a Graduação em Matemática. De acordo com ele, esse é um saldo positivo que também envolve o evento “Um dia na Matemática”, promovido pelo PET Matemática, que acontecerá no dia 10 de agosto.
 
Alunos que dão aula
 
O Brincando de Matemático começou a ser preparado pelos estudantes do PET Matemática desde o ano passado. Funciona assim: passa um evento e logo depois o Brincando de Matemático do ano seguinte começa a ser planejado. Durante seis meses os estudantes da graduação estudam o tema do próximo evento, como exemplo, a Teoria dos Grafos. Nos meses seguintes, se debruçam a formular a apostila, que será o material usado durante os quatro dias de atividades.
 
“É uma experiência gigantesca para os alunos do PET, pois aprendemos sobre o tema que daremos aula e temos que pensar na organização da apostila. Nós da graduação ganhamos bastante com o Brincando de Matemático”, completa João Lubanco, que há dois anos faz parte do PET Matemática.
 
Por Maria Fernanda Mileski
 
 
Confira algumas imagens:
 

As aulas são ministradas por integrantes do PET Matemática (Foto: Gustavo Sarturi)


As apostilas usadas durante as aulas foram formuladas pelos estudantes do PET Matemática (Foto: Gustavo Sarturi)


Os estudantes participarão de dinâmicas ao final de cada aula para assimilar as teorias aprendidas (Foto: Gustavo Sarturi)