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Aluno do Departamento de Informática tem projeto de pesquisa premiado pelo Google

Competindo com 218 projetos, Fabrício Ceschin, com orientação de André Grégio, teve seu projeto selecionado

Por Melora Moura

Quando fez o projeto de pesquisa de doutorado, Fabrício Ceschin, estudante do Departamento de Informática, não imaginava que o trabalho seria premiado pelo Google. Ele está entre os 27 vencedores do Latin American Research Awards (Lara), que receberão auxílio financeiro por um ano para desenvolvimento das pesquisas.

Grupo de pessoas em frente a um telão que diz Latin America Research Awards 2017 e mostra a logomarca do evento

Grupo de pessoas que tiveram projetos selecionados. Foto: Google / Divulgação

A empresa norte-americana criou o Lara para incentivar projetos acadêmicos na área de comunicação. Em 2017, foram 218 trabalhos submetidos. Entre os premiados, estão 17 trabalhos brasileiros e 10 de outros países latinos – Chile, México, Peru, Argentina e Colômbia.

“É muito gratificante ter reconhecimento e a confiança de uma empresa desse porte na pesquisa que está sendo desenvolvida”, relata o estudante. Antes desse, ele submeteu outros artigos que foram recusados.

O orientador André Grégio explica que esse tipo de premiação é importante para a universidade. “Quando uma empresa privada ou outra agência de fomento financia um aluno nosso, conseguimos mantê-lo estudando e pesquisando”, defende.

Os projetos selecionados pelo prêmio recebem auxílio por um ano para continuar a pesquisa na área e, ao final, apresentam os resultados. A bolsa pode ser renovada por até três anos.

Segurança e aprendizado de máquina

O trabalho de Ceschin pretende facilitar a classificação de códigos maliciosos, os “vírus”, e ajudar na eficiência e rapidez da atualização de softwares de proteção à rede, os “antivírus”, de maneira automática.

A ideia do projeto surgiu no primeiro ano de mestrado e, o que era para ser apenas um artigo, tornou-se um problema de pesquisa. Para continuar o trabalho, o estudante uniu duas áreas da computação: segurança e aprendizado de máquina.

“Ao desenvolver o artigo, notamos que havia muitos pontos não explorados e a união de duas áreas da computação tornaram o trabalho desafiador, principalmente pelo caráter multidisciplinar”, conta.

Assim a ideia se tornou tema do mestrado e doutorado do estudante e uniu os professores David Menotti, Marcos Castilho e Luiz Eduardo Oliveira, além do orientador André Grégio.

Outros objetivos da pesquisa são a detecção de softwares maliciosos complexos e de atuação sutil na rede. Também há a possibilidade de tornar o processo automático com a ajuda de inteligência artificial, já que a detecção desses códigos é normalmente lenta e manual.